Reflexões Matutas

Poesia através de câmeras

Três jovens dracenenses e um cachorro saíram numa viagem de fusca. Jornada se tornará um videoarte.

Victor Hugo S. Souza | Historiador, professor, entusiasta das causas regionais e pauliceiense | profvictor97@gmail.com Colunista
Victor Hugo S. Souza | Historiador, professor, entusiasta das causas regionais e pauliceiense | profvictor97@gmail.com
(Fonte: @travessia_videoarte). (Fonte: @travessia_videoarte).

Munidos com um canino de caninos expressivos, Tião, e um fusca, três dracenenses viajam à margem das grandes cidades. Insatisfeitos com a condição que acometia a toda a comunidade mundial ao longo da pandemia da covid-19 durante o ano de 2020, o trio opta por uma forma diferente de isolamento, o isolamento móvel.

Naélia Forato, Gabriel Módolo e Isabela Paschoalotto iniciaram, no dia 31 de julho do ano passado uma jornada pelo país. Se a viagem inicialmente possuía o objetivo de chegar a Alto Paraíso no estado de Goiás em uma semana, transformou-se numa odisseia de seis meses, iniciando-se em Dracena/SP e tendo seu ápice em Alter do Chão/PA, com direito a baldeação na Chapada dos Veadeiros. A aventura somou mais de onze mil quilômetros entre partida e chegada.

(Fonte: @travessia_videoarte).

Uma palhaça, um dançarino e uma poetisa ousaram nas terras goianas trabalhar à terra, e ao longo dessa viagem, mergulhar para dentro de si mesmos. Podaram, brotaram e (re)descobriram a capacidade de reinvenção, produzindo arte por meio de seus corpos, que compunham o cenário em interação com a natureza.

Além da jornada em si, o grupo lançou durante a estádia, em Alto Paraíso/GO, a proposta de um videoarte, usando das imagens e vídeos elaborados enquanto transitavam pelo país de dimensões continentais. A trupe, que levantava recursos por meio de trabalhos diversos ao longo da viagem, recorreu à lei Aldir Blanc para financiar o projeto do videoarte, que em breve estará disponível no Youtube.

“Ao longo da viagem, em especial na rodovia Transamazônica, em todo o lugar que se parava de fusca pessoas apareciam, ora para observar, ora para oferecer ajuda. Chegamos a dormir numa caverna no Pará e ter de lidar com situações perigosas por lá, dormíamos com um facão na barraca e levamos todos os utensílios de sobrevivência para que não precisássemos expor a nós e aos demais à covid”. Disse Naélia Forato.

(Fonte: @travessia_videoarte).

O lançamento do vídeo está previsto para o final do mês de abril, todavia é ainda passível de alterações. A conta do projeto no Instagram, @travessia_videoarte, conta um pouco do cotidiano dos nômades e informa sobre o andamento do projeto. Os jovens ressaltam que todas as devidas medidas profiláticas contra o Sars-Covid-19 foram tomadas ao longo do percurso.

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