Memória

Marcas de nossa infância - Parte I: As coleções de figurinhas e embalagens de cigarros

Um breve relato sobre algumas coleções que marcaram a nossa infância ao longo das décadas de 1980 e 1990.

Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental Colunista
Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental
(Acervo Pessoal). (Acervo Pessoal).

“A vida é uma loteria gigante, da qual só se vêem os ganhadores.”

Jostein Gaarder

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Em  meio aos atuais “tempos obscuros pós-coronavirais” a população tem se reinventado em inúmeras áreas. Ao mesmo tempo que acaba tirando um tempinho aqui e ali para limpar esta ou aquela gaveta e/ou colocar em ordens arquivos ou caixas. Assim fiz na última semana, onde acabei encontrando algumas “pérolas” guardadas.

Por incrível que pareça, acabei encontrando uma de minhas “coleções” na infância, (lembrando que sobre algumas delas já escrevi por aqui). Se você já tem mais de 30 anos, provavelmente se lembrará de que era muito comum as crianças colecionarem “embalagens vazias” de cigarros. De fato, isso era uma febre da garotada nos anos 90.

(Acervo Pessoal).

Cada um tinha o seu próprio jeito de armazená-las, uns guardavam em pastas, outros em caixas de sapato, outros dobravam de uma forma diferente, alguns em ordem alfabética, etc. E assim, as coleções surgiam.

Da mesma forma, era bem interessante notar que tamanha fosse a dificuldade em encontrar uma embalagem, mais “valorizada” ela se tornava nas eventuais “trocas”. Uma espécie de “câmbio” da molecada! O negócio era tão organizado que, me recordo até de alguns amigos que mantinham contato com pessoas em outros países, para que lhes enviassem algumas marcas específicas.

 Pois bem, em outra caixa acabei localizando uma pequena parte de algumas coleções incompletas de figurinhas. Que por sinal também eram a febre da molecada no período. Íamos para a escola e nos intervalos (e am algumas aulas), ficavámos “jogando bafo”.

(Acervo Pessoal).

Da mesma forma, existiam “cotações específicas” para algumas delas. Por exemplo: As figurinhas da Ping-Pong Amazônia e Pantanal eram as mais valorizadas, seguidas pelas do Rei Leão, Aladim, etc. Normalmente as mais “antigas” valiam mais, esse era o combinado! Figurinhas “seladas”, quem ganhasse no “jokenpô” iniciava... Um dia se perdia, no outro se recuperava e assim passavámos em meio as nossas coleções de bugigangas.

Enfim, por aqui ficam as lembranças de tais épocas. A nós cabe a simples tarefa de relembrá-los o quão divertido tudo isso fora um dia.

Tiago Rafael dos Santos Alves

Professor, Historiador e Gestor Ambiental

Membro Correspondente da ACL e AMLJF

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