Cidades

Professora leva contação de histórias para pacientes do Pai Nosso Lar

“À medida que vou contando a história, tento inseri-los”, diz a professora Karina Marton Mac Fadden.

Por: Da Redação atualizado: 1 de agosto de 2017 | 12h55
Professora Karina Marton Mac Fadden leva contação de histórias para os pacientes residentes do Polo de Atividades Integradas PAI Nosso Lar (Foto: Acervo Pessoal). Professora Karina Marton Mac Fadden leva contação de histórias para os pacientes residentes do Polo de Atividades Integradas PAI Nosso Lar (Foto: Acervo Pessoal).

Uma iniciativa voluntária da professora Karina Marton Mac Fadden, de Adamantina, em levar contação de histórias para os pacientes residentes do Polo de Atividades Integradas (PAI) “Nosso Lar”, tem despertado emoções em quem ouve e na própria profissional.
O PAI é uma instituição de saúde mental que acolhe pacientes de toda a região, muitos dos quais têm no lugar o único referencial de abrigo, apoio e suporte ao tratamento. Nesse cenário, a contribuição voluntária da professora passa a ter um significado especial entre os internos.
A professora seleciona a história – até então os clássicos da literatura infanto-juvenil -, mobiliza os recursos como figurino e peças cênicas e aciona parceiros, pois vincula as histórias contadas com algum elemento, o que amplia a interação e as reações junto àqueles que se põem a ouvir. “Eu escolho sempre um clássico, pois normalmente faz parte do repertório deles, e consigo interagir melhor. Sempre levo um elemento importante da história. Na primeira, levei uma coroa; na segunda, vesti o capuz da Chapeuzinho; nesta terceira, a maçã, o espelho e tive a participação de duas crianças vestidas de Branca de Neve e Príncipe”, relata.
A professora Karina faz questão de evidenciais os elementos lúdicos, de afeto e interação, na atividade junto aos pacientes. “Deixo em evidência esses elementos, pois eu os recepciono, com beijo e abraço porque eles gostam muito, e já inicio chamando a atenção para esses objetos, e fico emocionada quando me respondem”, diz. “No processo de leitura esta é uma das habilidades: o levantamento de conhecimentos prévios com a sondagem da bagagem cultural. E, à medida que vou contando a história, tento inseri-los”, ensina.
Outro recurso adotado pela voluntária é relacionar a história contada com algum alimento, face às características especiais dos internos do PAI Nosso Lar. As histórias para ouvir já foram complementadas com pipoca doce (com a contribuição da professora Marlei), bolinhos e maçãs (com a contribuição do Supermercado Mituo).

A motivação

Ao SIGA MAIS, a professora Karina Marton explicou que tem um gosto especial pela literatura. Quando começou a dar aulas no Colégio Objetivo, em 2013, em Adamantina, e inspirada no mês que se comemora o Dia do Livro, passou a contar histórias para as crianças da educação infantil. Ela fazia esse trabalho, também, quando estava na Diretora de Ensino, como orientadora da disciplina de Língua Portuguesa. A partir dessas experiências foi ampliando a roteirização e o repertório, e recebendo o retorno positivo das crianças e dos demais profissionais da educação.
O alcance da contação de histórias junto às crianças despertou em Karina a vontade de fazer um trabalho relacionado a este segmento, fora do espaço escolar. Além dessa aptidão e sensibilidade, ela buscava um trabalho voluntário onde pudesse conciliar com suas atividades profissionais, que monopolizam boa parte do seu tempo.
Sabendo disso, Karina foi abordada pela colega professora Marlei Borges,  sugerindo que fosse voluntária no PAI Nosso Lar, contando histórias. “Então, senti que Deus estava me oportunizando o que sempre havia pedido”, disse. “Decidi envolver minha família nesse trabalho com o intuito de mostrar-lhes o quanto é necessário e prazeroso levar amor e carinho àqueles que já perderam tudo”, completa.
Além disso, Karina propõe uma reflexão sobre o tema e a importância de respeitar as diferenças, e traz isso para seu cotidiano. “Educo meus filhos assim. Aproveito situações comuns do cotidiano para refletirmos sobre nossos valores e atitudes”, continua.

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