Cidades

Postos sem combustíveis em Adamantina

Proprietários de veículos estão sem opções para abastecer na cidade.

Por: Da Redação atualizado: 29 de maio de 2018 | 18h31
Sem combustíveis, postos isolam bombas e motoristas não têm opções para abastecer em Adamantina (Foto: Siga Mais). Sem combustíveis, postos isolam bombas e motoristas não têm opções para abastecer em Adamantina (Foto: Siga Mais).

Os postos de combustíveis de Adamantina estão com os estoques zerados neste sábado (26), no sexto dia de paralização dos caminhoneiros. Alguns estabelecimentos já estavam com as atividades totalmente suspensas desde ontem. Outros, com algum estoque nos tanques, venderam as últimas reservas no final da manhã deste sábado.
Desde quinta-feira a cidade vive uma corrida aos postos, para garantir o abastecimento, diante das divulgadas no meio da semana, informando a continuidade do movimento.
Na região o cenário não é diferente. Os postos que ainda têm combustíveis estão com os estoques próximos do fim. A mesma situação vivida em Adamantina e região ocorre também em praticamente todas as cidades brasileiras.
Mesmo quando houver a retomada da distribuição dos combustíveis, a estimativa é de que o atendimento nos postos só volte ao normal após alguns dias. Segundo especialistas não há logística possível em que se consiga normalizar após liberar o carregamento e atingir o nível normal de abastecimento.

Manifestações na região

O comando da Polícia Militar Rodoviária apresentou no final da manhã deste sábado um balanço do movimento na região. A última atualização foi às 10h40.
Segundo a PM Rodoviária, neste sábado os caminhoneiros realizaram manifestações em 16 pontos, na região de Presidente Prudente, sendo contabilizados 745 caminhões participantes. Em nenhum dos locais havia bloqueio total da via.
Ainda de acordo com a PM Rodoviária, as maiores concentrações de caminhoneiros foram registradas na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), entre Osvaldo Cruz e Inúbia Paulista, e na Rodovia Raposo Tavares (SP-270) em Presidente Prudente.

Osvaldo Cruz suspende transporte público e atividades escolares municipais a partir de segunda

A crise desencadeada pela paralização dos caminhoneiros levou a Prefeitura de Osvaldo Cruz a suspender as atividades escolares municipais e o transporte público escolar e universitário a partir da segunda-feira (25). A restrição foi oficializada por meio de decreto assinado pelo prefeito Edmar Mazucato.
Segundo o documento, a prefeitura está incapaz de suprir a demanda alimentar de seus alunos, pela falta de recebimento das entregas de alimentos pelo Setor de Merenda Escolar por parte de seus fornecedores.
De acordo com a Prefeitura de Osvaldo Cruz, serviços essenciais como o transporte de doentes e de coleta de lixo domiciliar, serão normalmente mantidos.

Governo começa a aplicar multa de R$ 100 mil por hora parada

O ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo da Presidência da República, informou hoje (26) que o governo começará a aplicar multas no valor de R$ 100 mil por hora parada a quem descumprir o acordo firmado para desbloqueio das rodovias. Acrescentou que a Polícia Federal já tem inquéritos abertos para investigar a origem do movimento e que já existem até mesmo pedidos de prisão.
Marun concedeu entrevista após reunião, no Palácio do Planalto, com o presidente Michel Temer e ministros que integram o gabinete de crise, para avaliar a situação nas rodovias federais.
Questionado sobre o abastecimento de combustíveis a partir da refinaria de Paulinia, Marun disse que há um planejamento de ações, coordenado pela Presidência da República, no esforço de garantir que não faltem produtos nos postos.

Reflexos na mobilidade e desabastecimento

A paralisação dos caminhoneiros desencadeou uma crise em todo o país, onde 60% da matriz de transporte é rodoviária. Nesse cenário, todos os setores da economia – agropecuária, indústria, comércio, serviços, entre outros – dependem dos caminhões, seja para transporte de combustíveis e da própria produção. Com esse cenário, a falta de combustíveis pode desencadear o desabastecimento de diversos setores. Nos supermercados, exemplo, já há falta de produtos perecíveis.

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