Memória

Músicas: como foram ouvidas ao longo tempo?

Uma análise das mídias fonográficas ao longo da história.

Por: Tiago Rafael dos Santos Alves | Historiador
Músicas: como foram ouvidas ao longo tempo?

"A tecnologia existente hoje, não é capaz de fazer as mesmas mágicas, que foram feitas no passado. “
(Cello Vieira)

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Com o avanço das redes sociais torna-se cada vez mais fácil ter acesso as músicas que curtimos, basta dar uma breve busca no Youtube ou em outra plataforma similar. As visualizações são inclusive utilizadas como indicadores de popularidade pelos artistas e pela própria mídia.

Mas, e como fazíamos no passado? Em 1877, Thomas Edison foi o inventor do primeiro aparelho que reproduzia sons anteriormente gravados, o fonógrafo. Também neste mesmo período surgia o gramofone, que diferentemente do seu antecessor, que utilizava cilindros para que os sons fossem reproduzidos, este já utilizava discos, que também foram aperfeiçoados com o passar do tempo.

Pois bem, muitos de nós chegamos a ter contato com os aparelhos que reproduziam os tais discos, também chamados de Long Play (LP). O toca-discos, a radiola e a vitrola, fizeram a diversão de muitas pessoas a partir da década de 1940. Na minha opinião, aquele “chiadinho” antes da música era algo que adorava ouvir, e que até hoje sinto saudades.

Com o passar do tempo, em meados da década de 1950, surgiu o primeiro modelo de fitas magnéticas que também poderiam reproduzir músicas, os “8-Track”. Estes não foram muito populares no Brasil, mas este sistema de armazenamento foi a base para as chamadas fitas K-7.

Na década de 1970, surgem as tão famosas fitas K-7, no entanto a sua popularização se dá nas décadas posteriores em nosso país. Foi um fato bem comum andarmos com toca-fitas portáteis pelas ruas da cidade. Muitos também se lembrarão que para rebobinar as fitas utilizávamos um tubo de caneta, para economizar a pilha. Também gravávamos diversas músicas que tocavam nas rádios, o problema era quando o radialista falava no meio da música. Em algumas lojas da cidade, havia até a compra de fitas “gravadas” dos artistas que curtíamos. Enfim a fita K-7 deu início ao processo de popularização do acesso às músicas.

Na década de 1990, começam a surgir o Compact Disc (CD), sua qualidade era excepcional se comparado à sua antecessora. O que também acabou facilitando todo o processo de armazenamento e gravação. Era comum pagarmos para algum colega baixar e gravar as músicas que gostávamos.

Anos mais tarde começam a surgir os primeiros MP3. Lembro que o primeiro destes que vi, havia sido trazido do Japão. Nos surpreendia o fato de um “aparelhinho” tão pequeno comportar tantas músicas. Bom, daí pra frente já é território conhecido, surgem os pen-drives, os cartões de memória, as transferências via bluetooth ou wireless e os provedores de música por streaming que podem ser acessadas a todo momento pelos aparelhos celulares.

Tudo isto nos leva a apenas uma constatação, de que a nanotecnologia ainda tem muito a nos oferecer, especulações, inventos, atualizações e novas versões surgem a todo momento, e como já mencionei em outrora, aqui ou acolá, repito e questiono: “O que nos espera nesse admirável mundo novo? ”

Tiago Rafael dos Santos Alves é historiador. Acesse aqui seu perfil.

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