Memória

Histórias do mundo da lua: O parquinho do foguete (I)

Algumas recordações da infância em Adamantina.

Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental Colunista
Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental
Inauguração do Parquinho do Foguete, em 31 de março de 1979 (Foto: Arquivo Histórico Municipal). Inauguração do Parquinho do Foguete, em 31 de março de 1979 (Foto: Arquivo Histórico Municipal).

"Alô, alô, planeta Terra chamando, planeta Terra chamando. Esta é mais uma edição do diário de bordo de Lucas Silva e Silva, falando diretamente do mundo da Lua, onde tudo pode acontecer".

Falas como essas com certeza marcaram uma geração. Quem não se lembra do Lucas Silva e Silva, da série Mundo da Lua, que era exibida na TV Cultura? Se você nasceu na década de 1980, com certeza se lembrará.

Me recordo que em diversas vezes, na minha infância, que ia ao parquinho do foguete e me via na pele desse personagem. Imaginava que aquele brinquedo em formato de um foguete iria me levar ao “mundo da lua”. É claro que isso não passava de mais uma brincadeira de criança. Como era bom!

Todas as cidades possuem lugares onde a população desfruta de diversas opções de lazer e entretenimento. Os parques infantis acabam cumprindo esse papel para com os pequenos e suas famílias.

No início, a cidade contava com poucos destes parques. Com o passar do tempo, alguns bairros foram construindo as suas próprias áreas de lazer. O popular “Parquinho do foguete”, foi inaugurado em 31 de março de 1979. Como o nome diz, o diferencial deste Parque Infantil era justamente possuir um brinquedo no formato de um foguete.

Acredito que se você nasceu em fins da década de 1970, e morou em Adamantina, com certeza, você já brincou neste parque, ou até mesmo tem fotos em alguns de seus brinquedos, em especial no foguete. Para as crianças, o legal era poder ver a cidade do alto, do terceiro estágio do foguete. Imaginar que iria sobrevoar a cidade ou o planeta. Enfim, a imaginação corria solta.

No entanto, como tudo que é bom dura pouco, após uma recomendação do Ministério Público, tivemos a triste notícia de que os parques infantis seriam interditados para posteriores adequações e reformas.

E enquanto a desinterdição não chega, ficamos a relembrar as belas histórias que um dia inventamos tentando sobrevoar a cidade, o país, ou quem sabe o mundo da lua, onde tudo “podia” acontecer.

Tiago Rafael dos Santos Alves é historiador. Acesse aqui seu perfil.

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