Memória

Crônicas de outrora: a primeira farmácia de Adamantina

Um breve relato sobre a primeira farmácia de Adamantina.

Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental Colunista
Tiago Rafael | Professor, historiador e gestor ambiental
(Imagem ilustrativa. Fonte: Flickr - Pamela Schreckengost). (Imagem ilustrativa. Fonte: Flickr - Pamela Schreckengost).

“Ah, memória, inimiga mortal do meu repouso!”

Miguel de Cervantes

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Nos últimos textos desta coluna, tenho utilizado alguns recortes da “Crônica Histórica – O Valor de um bom começo”, escrita em 1978, pelo saudoso Sr. Francisco Dário Toffoli. Do mesmo modo, hoje me aterei ao seu relato sobre a “Primeira Farmácia” de Adamantina.

Cabe destacar que, na atualidade temos a comodidade de sermos atendidos no Pronto-socorro local, nos Postos de Saúde dos nossos bairros e da mesma forma, termos diversas farmácias que atendem o nosso município, algumas delas até em horário estendido. Mas, nem sempre foi assim!

Assim relata o Sr. Francisco:

 

A PRIMEIRA FARMÁCIA montada no alvorecer do Patrimônio de Adamantina, foi na sala duma casa de tábuas que ficava na Alameda – Armando de Salles Oliveira, no local em que está edificada a Igreja Batista (para edificação desta Igreja, a casa foi demolida). Era uma farmácia pequenina, simples, sem qualquer destaque. O farmacêutico chamava-se José Romagnoli (ERA ANÃO) atendia sempre que solicitado, na medida que lhe era possível. Sua vinda para o então Patrimônio de Adamantina se deve ao cidadão – Arthur Pacífico Garbini que o incentivou. (1978, p.17) (Negrito nosso)

 

E continua:

 

José Romagnoli, era chamado pelo apelido de Zézinho, tinha rosto largo, olhos grandes e poucos cabelos. Sempre bem-humorado, gostava de um bate-papo, muito religioso, foi um dos primeiros a puxar rezas na capela. Sua permanência em Adamantina, foi curta, mudou-se para onde ninguém ficou sabendo, e desta feita os primeiros moradores ficaram sentidos. (Idem) (Negrito nosso)

 

Com a mudança do Sr. José, Adamantina ficou sem uma farmácia por um bom tempo. Assim, quando alguém precisava de algum medicamento ou mesmo de atendimento médico, precisava se deslocar até a cidade de Lucélia. Sobre isso, o Sr. Francisco também relata em sua crônica:

 

[...] tinham que ir para Lucélia para adquirirem remédios. Em Lucélia tinha médico e farmácia, mas como no Patrimônio de Adamantina, não havia conduções para locomoção, o jeito era caminhar a pé. Carregar crianças doentes e os apetrechos. - COMO ERA DIFÍCIL - MEU DEUS!!! (Idem) (Negrito nosso)

 

Conforme iniciei o texto, mencionando as nossas facilidades na atualidade, aqui abro um parêntese com o que vivenciaram inúmeros moradores da terrinha no passado. E assim, concluo com a última frase citada pelo Sr. Francisco, sobre esta lembrança: “Como era difícil – Meu Deus!!!

 

Tiago Rafael dos Santos Alves

Professor, historiador e gestor ambiental

Membro correspondente da ACL e AMLJF

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