Mesmo sem presídio na cidade, Adamantina proíbe entrada e hospedagem de visitantes de detentos
Decreto municipal segue outras cidades vizinhas e fixa proibição. Liminar da Justiça proíbe visitas.
Confirmando a antecipação feita pelo SIGA MAIS na manhã desta sexta-feira, 20 (reveja), a Prefeitura de Adamantina seguiu decisões semelhantes tomadas municípios vizinhos e editou o Decreto Nº 6.109, de 20 de março de 2020, que também restringe temporariamente e por prazo indeterminado a entrada e a permanência (hospedagem), na cidade, de familiares de detentos com interesse em realizar visitas às unidades prisionais da região, bem como a entrada de ônibus e outros veículos que fazem o transporte de visitantes aos detentos.
A medida se soma às iniciativas dos municípios vizinhos e à decisão do Poder Judiciário de Presidente Prudente que, por liminar, suspendeu no final da manhã desta sexta-feira as visitas em 45 presídios do oeste paulista (reveja).
Na microrregião, as cidades de Pracinha, Lucélia, Pacaembu, Flórida Paulista e Osvaldo Cruz, que possuem unidades prisionais, editaram decretos com as medidas restritivas a visitantes familiares de presos. Adamantina, sem unidade prisional, temeu por receber grupos de visitantes, face às restrições nas cidades do entorno. Outra segurança foi a publicação da decisão judicial. (Continua após a publicidade...)
As decisões dos municípios e do poder judiciário foram tomadas com justificativas comuns, no esforço de ampliar medidas contra a circulação do novo coronavírus (Covid-19) entre os sentenciados, trabalhadores do sistema prisional e a população local, diante da circulação de familiares dos detentos, muitos originados de regiões com casos confirmados da doença.
Um contágio em massa, entre os detentos e a população, estimulada pela grande circulação de pessoas de outros centros, poderia sobrecarregar os serviços de saúde.
Juntas, Lucélia, Pacaembu, Flórida Paulista, Pracinha e Osvaldo Cruz possuem uma população carcerária total de 15.515 detentos, dos quais 2.539 em Lucélia, 1.622 e Pracinha, 4.991 em Pacaembu, 1.459 em Osvaldo Cruz e 1.904 em Flórida Paulista. Os dados estão disponíveis no site da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) do Estado de São Paulo de São Paulo.