CPP de Adamantina lidera mobilização regional contra a PEC da Reforma da Previdência
Concentração da manifestação foi no CPP. De lá, participantes saíram em carreata pela cidade.
Uma mobilização convocada pelo CPP (Centro do Professorado Paulista), por meio de sua Sede Regional de Adamantina, atraiu professores, autoridades, estudantes e a comunidade na manhã desta quarta-feira (15).
O ato, em protesto à PEC nº 287/16, que trata da Reforma da Previdência, em tramitação no Congresso Nacional, está em sintonia com diversas manifestações que ocorrem em todo o Brasil, nesta quarta-feira. Outros temas que buscam a valorização dos professores também endossaram o manifesto público.
Em Adamantina, a concentração foi na sede do CPP local, onde os organizadores e autoridades fizeram uso da palavra. Em seguida, cantaram o Hino Nacional Brasileiro. De lá, e vestindo roupa preta, os manifestantes saíram em carreata pelas principais ruas de Adamantina, com os vidros dos carros pintados, em protesto contra a Reforma. O trajeto da carreata contou com a escolta e apoio da Polícia Militar.
Mobilização de alcance regional
A organização local, do manifesto, foi da dirigente regional do CPP de Adamantina, professora Marlene Ribeiro Esteves, que mobilizou a comunidade, sobretudo os profissionais da educação, de toda a Nova Alta Paulista.
Segundo disse ao SIGA MAIS, além da sua participação como dirigente do CPP para a região de Adamantina, participaram também dirigentes do CPP de Panorama e professores da rede pública de ensino de Adamantina, Lucélia, Parapuã, Osvaldo Cruz, Flórida Paulista, Pracinha e Mariápolis, que paralisaram as atividades hoje e aderiram ao protesto.
Marlene destaca a paralisação dos supervisores de ensino e o núcleo pedagógico da Diretoria Regional de Ensino de Adamantina. Já da rede municipal de ensino de Adamantina, a dirigente do CPP citou a professora Silvia Cristina Carneiro Marques. Ela informou que os professores municipais aderiram ao movimento com 96% do seu corpo docente.
O balanço final sobre o ato público, para Marlene, foi positivo. “Nossa avaliação foi extremamente positiva, pois percebemos o despertar dos professores do interior, na luta pelas causas pertinentes à educação”, disse. “Não tínhamos visto ainda em Adamantina os professores municipais engajados com professores estaduais, em uma luta que é de todos. O CPP está extremamente realizado e agradecido pela participação de autoridades, professores e sociedade civil”, completou.
Reforma da Previdência
A principal reivindicação é sensibilizar os deputados pela não aprovação da proposta da Reforma da Previdência. “A proposta acabará com a aposentadoria especial para professores, garantida em dispositivo constitucional desde 1981 e referendada pela Constituição de 1988”, destacou a dirigente regional do CPP.
Como defende o CPP, pela regra atual homens se aposentam com 35 anos de contribuição e mulheres com 30. No caso dos professores, o tempo mínimo de contribuição seria de 30 e 25 anos, respectivamente. A PEC nº 287/16 determina que todos os profissionais trabalhem até, no mínimo, 65 anos, com 25 anos de contribuição. “A aposentadoria especial é um direito dos professores, conquistado inclusive depois de reivindicações do CPP. Portanto, continuaremos continua lutando pela valorização do Magistério”, disse Marlene.