Saúde

Transtornos mentais poderão ser diagnosticados por meio de aplicativo inovador em Adamantina

Equipe da ESF Estância Dorigo, em Adamantina, recebe tablets e aplicativo inovador.

Por: Da Redação atualizado: 15 de agosto de 2017 | 07h54
Equipe da ESF e do projeto na entrega dos novos tablets (Foto: Siga Mais). Equipe da ESF e do projeto na entrega dos novos tablets (Foto: Siga Mais).

Uma experiência inovadora que permite o diagnóstico de pacientes com transtornos mentais é colocada em prática em Adamantina, em fase experimental, a partir de um aplicativo desenvolvido pela empresa prudentina Multimídia Educacional, com apoio do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Uma solenidade realizada na tarde da última sexta-feira (11) reuniu parte dos pesquisadores envolvidos no projeto e a equipe da ESF (Estratégia Saúde da Família) da Estância Dorigo e autoridades, quando foi realizada uma exposição sobre a situação atual do projeto e perspectivas futuras. Os agentes comunitários também receberam novos tablets.
Na oportunidade foi exposto que o trabalho na comunidade já vem ocorrendo a campo há cerca de quatro meses, junto à área da ESF Dorigo, que envolve os bairros Estância Dorigo, Jardim Bela Vista, Jardim Bandeirantes, Jardim dos Poetas e adjacências, onde um grupo de agentes comunitários de saúde colhe informações (entrevista de moradores) dentro da rotina de atendimentos, e lança os dados no aplicativo instalado em um tablet.
As informações levantadas são avaliadas e tabuladas pelo sistema a partir de referenciais médico-científicos, cujo objetivo final é auxiliar médicos generalistas no diagnóstico de transtornos mentais como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, dependência de drogas e álcool, transtornos psicóticos, dentre outros.
Os pesquisadores que idealizaram o aplicativo, Dr. Alexandre Gigante (Psiquiatra e docente da Faculdade de Medicina da Unoeste), a Mestre em Saúde Pública Luciana Adas, José Eduardo Atílio (psicólogo e estudante de medicina da Unoeste), Vanessa Favoni (psicóloga clínica) e Tiago Dias Furini (Desenvolvedor da Multimídia Educacional) estão confiantes no sucesso do trabalho.
Além deles outros colaboradores como os bolsistas de tecnologia da informação que também contribuíram na criação do programa também acreditam que a ferramenta ajudará a promover mais qualidade ao atendimento à saúde mental na atenção básica.

Como funciona

O aplicativo, em fase de desenvolvimento e testes, foi criado em 2015 pela empresa prudentina Multimídia Educacional com apoio do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
A ferramenta será utilizada em tablets por agentes de saúde nas visitas domiciliares, que realizarão triagens por meio de aplicação de questionários e registro das respostas dos participantes.
O software encaminha diretamente para a Unidade de Saúde os registros com os possíveis casos para que o médico analise e feche o diagnóstico do transtorno mental identificado. Além de tornar mais prático e preciso este processo, o sistema incluirá, também, orientações básicas para o manejo desses transtornos nesse nível de atenção à saúde.

Relevância do projeto

A pesquisa e o aplicativo desenvolvidos são muito importantes visto que os transtornos mentais existem em larga escala e são pouco diagnosticados e tratados na atenção primária à saúde. Quase 50% das pessoas com depressão não recebem tratamento. Este transtorno, em 2004, já se constituía como a 3ª doença mais onerosa para a sociedade e atualmente é a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, um aumento de mais de 18% entre 2005 e 2015.
Ressalta-se, também, que a ausência de suporte às pessoas com transtornos mentais e o medo do estigma são barreiras para muitas pessoas acessarem o tratamento necessário para terem qualidade de vida. Assim, o aplicativo pode contribuir para remover estes obstáculos, tornando mais acessível esse cuidado, possibilitando o reconhecimento precoce dos transtornos e facilitando o tratamento e monitoramento na própria comunidade, sendo o encaminhamento realizado nos casos mais graves.

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