Saúde

Saúde inicia Inquérito Canino para diagnóstico de Leishmaniose Visceral

Trabalhos de coleta de sangue em cães foram iniciados na região coberta pela ESF da Vila Cicma.

Por: Da Redação atualizado: 8 de maio de 2018 | 15h59
Trabalho a campo, de o Inquérito Canino para diagnóstico de Leishmaniose Visceral Canina é retomado em Adamantina (Ilustração). Trabalho a campo, de o Inquérito Canino para diagnóstico de Leishmaniose Visceral Canina é retomado em Adamantina (Ilustração).

A Secretaria Municipal de Saúde iniciou nesta segunda-feira (7) o Inquérito Canino para diagnóstico de Leishmaniose Visceral Canina.
Os trabalhos de coleta de sangue de cães estão sendo realizados inicialmente na área de abrangência da Estratégia de Saúde da Família (ESF) da Vila Cicma, que corresponde aos bairros Vila Oliveiro, Jardim San Fernando, Residencial Novo Horizonte, Vila Cicma, Jardim Aviação, Jardim Aeroporto, Residencial Gran Village, Jardim Tipuanas, Jardim Oiti, Residencial Morumbi, Residencial San José, Parque Paraíso e Residencial Santa Mônica.
Segundo o Departamento de Controle de Vetores, esse território foi escolhido devido à sua importância na transmissão dos casos caninos e humanos do município.
Nesse trabalho a campo, a equipe de Agentes de Controle de Vetores visitará casa a casa informando aos moradores que possuem cães, sobre a necessidade da coleta de sangue para diagnóstico da Leishmaniose, e também orienta a população sobre prevenção e manejo ambiental.

Leishmaniose Visceral

A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença parasitária transmitida através da picada do mosquito Lutzomyia longipalpis, popularmente conhecido como mosquito palha. A presença do vetor permite a transmissão de um cão infectado para outro cão ou para o ser humano.
A melhor forma de prevenção é evitar o contato hospedeiro (cão ou homem)/vetor (mosquito palha).
Nesse cenário existe efetivo risco para a saúde humana e canina quando cães doentes são mantidos em ambientes com características favoráveis à presença do mosquito palha, como por exemplo: áreas e imóveis com acumulo de resíduos e matérias orgânicas nas quais existam animais de criação em ambientes sem limpeza diária, bem como galinheiros.
O melhor procedimento é a prevenção. Desta forma deve-se cuidar e limpar o ambiente interno e externo das residências para evitar a presença do mosquito palha, recolha as fezes dos animais diariamente, embale o lixo corretamente e não jogue folhas e resíduos orgânicos em terrenos baldios públicos ou particulares. Mantenha o cão no seu quintal.
Os sintomas nos animais são emagrecimento, fraqueza, queda de pelos, descamação, crescimento exagerado das unhas, feridas no focinho, orelha e patas.
Os principais sintomas da leishmaniose visceral no ser humano são febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos.

Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença parasitária transmitida através da picada do mosquito mosquito palha (Reprodução).

Orientações sobre tratamento

Segundo o Departamento de Controle de Vetores, a Portaria Interministerial nº 1426/2008 do Ministério da Saúde e Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca (MAPA) permanece integralmente válida em todo o País. Isso porque não existe qualquer decisão judicial que, no âmbito nacional, a tenha anulado ou reduzido a sua aplicabilidade.
O Departamento de Controle de Vetores informa que o registro do produto Milteforan, sob número SP 000175-9.000003, de propriedade da empresa Virbac Saúde Animal, indicado para o tratamento da leishmaniose visceral de cães (LVC), não inviabiliza o cumprimento da portaria. Assim – informa - continua proibido, em todo o território nacional, o tratamento da leishmaniose visceral em cães infectados ou doentes, com produtos de uso humano ou produtos não registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para esta finalidade.
O Departamento de Controle de Vetores ratificou as informações que podem ser encontradas na própria bula do fármaco: “não existe cura parasitológica estéril para a leishmaniose visceral canina”. O que estudos de eficácia do fármaco demonstram é que existe declínio da carga parasitária e consequente redução do potencial de infecção dos flebotomíneos e da transmissibilidade da doença. Nas recomendações de uso consta a necessidade de nova avaliação do animal em tratamento “a cada quatro meses, devendo o animal em tratamento retornar ao médico veterinário para uma reavaliação clínica, laboratorial (pelo proteinograma) e parasitológica (pelas citologias de linfonodo e medula óssea). Se necessário, um novo ciclo de tratamento deverá ser indicado”. Com base nessa informação – diz o Departamento de Controle de Vetores – conclui-se que o medicamento não traz a cura definitiva do animal.
O órgão local informa que somente os cães positivos que estiverem em tratamento exclusivamente com o Milteforan aprovado pelo MAPA não necessitarão serem submetidos à eutanásia, não podendo ser o medicamento diretamente importado. Nesse caso especifico, o responsável pelo cão com LVC deverá apresentar ao profissional de saúde que visitar sua residência, um atestado médico emitido pelo médico veterinário regularmente inscrito no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV). Este atestado deve constar as informações de tratamento do animal acompanhado do resultado de sorologia realizada nos últimos quatro meses.
Portanto – diz o Departamento de Controle de Vetores – é totalmente permitido o uso deste fármaco no tratamento individual de cães com diagnostico laboratorial confirmado para LVC, desde que se cumpra o protocolo de tratamento descrito na rotulagem do produto respeitando-se a necessidade de reavaliação clínica, laboratorial e parasitológica periódica pelo médico veterinário, a necessidade de realização de novo ciclo de tratamento, quando indicado e a recomendação de utilização de produtos para repelência do flebotomíneo, inseto transmissor do agente causal da LV. E, somente após tal reavaliação, excluído o risco de transmissão da LV a outros cães e seres humanos, a possibilidade de eutanásia será descartada.

Publicidade

Cóz Jeans
Shiba Sushi Adamantina
P&G Telecomunicações

Publicidade

Insta do Siga Mais