Política

Ex-prefeito Toninho de Parapuã tem condenação de 11 anos de reclusão; ainda cabe recurso

Silva é acusado de desvio de dinheiro e movimento de mais de R$ 500 mil em sua conta corrente.

Por: Jornal Cidade Aberta (Osvaldo Cruz) atualizado: 25 de julho de 2016 | 09h02
Ex-prefeito Antonio Alves da Silva é acusado de desvio de dinheiro e movimento de mais de R$ 500 mil em sua conta corrente (Foto: Reprodução). Ex-prefeito Antonio Alves da Silva é acusado de desvio de dinheiro e movimento de mais de R$ 500 mil em sua conta corrente (Foto: Reprodução).

O ex-prefeito Antônio Alves da Silva (PSDB), o Toninho, e o ex-chefe do Almoxarifado de sua administração, Waldir Pereira da Silva foram condenados pela justiça de Osvaldo Cruz por desvio de dinheiro público referente ao ano de 1998.
A sentença é do juiz da 2a Vara da Comarca local, Udo Wolff Dick Appolo do Amaral. Toninho recebeu uma pena de 11 anos e 4 meses de reclusão e Waldir uma pena de 11 anos. Outras oito pessoas aparecem no processo como réus.

Entenda o caso

Em 1998 o então prefeito Toninho e outros envolvidos teriam desviado dinheiro da Prefeitura com o uso de documentos públicos ou documentos falsos. O esquema era operado com notas fiscais de empresas existentes ou não e referentes a serviços que nunca foram realizados ou compra de mercadorias.
O ex-prefeito orientava o chefe do Almoxarifado através de bilhetes, Waldir Pereira da Silva, a consignar a entrada falsa de mercadorias no setor desde que os documentos tivessem sua assinatura.
O Tribunal de Contas do Estado, ao analisar as contas do Executivo referentes ao ano de 1998, o prefeito recebia um salário de R$ 3,6 mil, mas entre 1997 e 1998, Toninho movimentou um volume de R$ 503.856,90 em sua conta bancária, o que seria incompatível com seus rendimentos.
Pelo período, apesar do salário declarado pelo ex-prefeito (R$ 3,6 mil) a média de dinheiro movimentado em sua conta bancária dava uma renda de R$ 14 mil.
O chefe do Almoxarifado na época, Waldir da Silva, seria quem fraudava os recebimentos. Segundo a sentença judicial, vários cheques emitidos pela Prefeitura para pagamento das falsas compras foram depositadas na conta corrente do funcionário.
Com um salário declarado de R$ 700, o ex-chefe do Almoxarifado movimentou em sua conta corrente um volume de R$ 151.456.66, o que em média elevaria sua renda para R$ 4.207 mensais. Segundo a sentença ainda houve depósitos em nome de um irmão e uma cunhada do ex-chefe do Almoxarifado parapuense.

O outro lado

Procurado pelo Jornal Cidade Aberta, o advogado do ex-prefeito, Rodrigo Aparecido Fazan, disse que ainda não havia sido notificado da sentença, mas que deverá interpor recurso contra a decisão.
A reportagem não conseguiu contato com o advogado de Waldir da Silva  e nem com ele próprio.

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