Polícia

Polícia Civil investiga concurso com suspeitas de fraude em Mariápolis

Após finalização das investigações, Polícia Civil deve remeter os autos ao Ministério Público.

Por: Da Redação atualizado: 10 de maio de 2016 | 12h49
Candidatos ao cargo de advogado, no concurso público, relatam o ocorrido à Polícia  (Foto: Cedida). Candidatos ao cargo de advogado, no concurso público, relatam o ocorrido à Polícia (Foto: Cedida).

A Polícia Civil de Mariápolis instaurou os procedimentos necessários à investigação sobre suspeitas de fraude na realização das provas de um concurso público, na manhã de ontem (8), organizado por empresa contratada pela Prefeitura daquela cidade.
As provas eram para diversos cargos e dois pontos centrais são alvo de questionamento entre os candidatos, envolvendo a suposta alteração no horário das provas e o flagrante de atitude suspeita em uma das salas, por um dos inscritos na prova.
Segundo o delegado Celso Parto Soares, foram registrados dois boletins de ocorrência, por candidatos que se sentiram prejudicados. O primeiro deles envolve a denúncia de que um candidato participante do concurso, à vaga de advogado, teria iniciado o preenchimento do gabarito em atitude suspeita. “Um dos participantes da prova começou a preencher o gabarito antes da entrega dos cadernos de questões, o que fez com que os demais candidatos suspeitassem de uma possível fraude”, explicou Celso Pardo ao site G1. “Devido à suspeita dos outros candidatos, que estranharam o fato de uma pessoa preencher o gabarito sem saber o que cairia na prova, todos os gabaritos foram apreendidos e a prova foi cancelada”, continuou o delegado.
Já a segunda reclamação dos candidatos ao concurso público, levada à Polícia, refere-se ao horário das provas, pois alegam que o horário divulgado para início das mesmas seria 9h, e teria sido antecipado par iniciar-se às 8h, por meio de uma comunicação no site da empresa responsável pela realização do concurso. “As provas estavam previstas para acontecer a partir das 9h deste domingo (8). Entretanto, a Prefeitura fez uma alteração no site, na última sexta-feira (6), mudando o início para as 8h. Como muitos participantes não viram essa alteração, eles chegaram atrasados e se sentiram lesados”, revelou o delegado, ao G1.
A apuração das denúncias, segundo informado pelo delegado Celso Pardo Soares, poderá levar até 30 dias. Nesse período serão ouvidos os candidatos que se declararam como testemunhas dos casos, bem como as partes da Prefeitura e da empresa organizadora do Concurso, para suas versões, bem como para apurar as providências administrativas sobre o caso.
Com a conclusão dos trabalhos, os autos poderão ser remetidos ao Ministério Público Estadual, junto à Promotoria de Justiça da Comarca de Adamantina.
O concurso realizado está previsto no Edital Nº 001/2016, com vagas para clínico geral, pediatra e ortopedista, advogado, engenheiro agrônomo, professor de inglês no ensino fundamental, professores de creche e educação física, motorista, pedreiro, digitador de computador, fisioterapeuta, servente, atendente de enfermagem, ajudante geral, escriturário e fiscal de serviços.
Para a realização do concurso, a Prefeitura de Mariápolis contratou a empresa Multigestão Consultoria Ltda, sediada em Platina/SP, na região de Assis. A divulgação do concurso também foi realizada na editoria de notícias do Siga Mais (reveja aqui).

O outro lado

Procurado pela reportagem do Siga Mais, o prefeito de Mariápolis, Ismael Calori, disse que tomou conhecimento do caso e vai aguardar que a Prefeitura de Mariápolis seja notificada, para assim avaliar o caso e as medidas que devam ser adotadas. “Vamos aguardar o posicionamento da Justiça, pois o meu governo é transparente e, se houver culpados, eles deverão ser punidos”, ressaltou, em entrevista ao G1. Sobre as reclamações de mudança de horário da realização das provas, o prefeito disse estar tranquilo. Segundo informou ao G1, "o procedimento foi feito conforme estabelece a lei e comunicado pelo site”. A reportagem do Siga Mais enviou ontem (8) pedido de informações sobre o caso, e as providências que serão tomadas, ao endereço de e-mail da empresa responsável pela realização do concurso, mas não obteve resposta. E nesta segunda-feira, foi solicitado um novo pedido de informações à Prefeitura de Mariápolis, de onde aguarda-se posicionamento sobre os fatos.

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