Polícia Ambiental resgata 77 aves e multa infrator em R$ 48,9 mil
Entre as aves, haviam espécies ameaçadas de extinção. Aves foram encaminhadas para ONG ambiental.
Ontem (4), durante Operação Piracema duas equipes da 3ª Companhia de Polícia Militar Ambiental, 1º Pelotão Presidente Prudente foram até o município de Santo Expedito, onde uma equipe do policiamento terrestre estava defronte uma residência que segundo denúncia havia diversas aves silvestres.
Foi feito contato com o morador e após a autorização do mesmo, as equipes realizaram vistoria na residência, onde no corredor lateral e nos fundos localizaram dezenas de aves entre silvestres e exóticas, onde as mesmas não possuíam anilhas, dessa forma sem qualquer comprovação de origem lícita, tratando-se, portanto de aves criadas irregularmente em cativeiro.
O envolvido informou que possuía as aves a titulo de estimação e que não as comercializava, alegando ainda que cuidava muito bem de todas as aves;
As aves silvestres apreendidas foram setenta e sete, conforme segue: 1 papagaio verdadeiro "amazona aestiva", 5 coleiras do brejo "sporophila collares", 29 coleiras papa capim "sporophila caerulescens", 4 (quatro) tiês sangue "ramphocelus bresilius", 5 bigodinhos "sporophila lineola", 1 caboclinho frade "sporophila louvrevil" (constante na lista do decreto 60.133/2014, que declara as espécies da fauna silvestre ameaçadas de extinção), 11 canário da terra verdadeiro "sicalis flaveola", 2 tico-ticos "zonotrichia capensis", 2 sabiás-laranjeira "turdus rufiventris", 3 sabiás pardo "turdus leucomelas", 8 trinca- ferro "saltator similis", 1 patativa verdadeira "sporophila plumbea" (constante na lista do decreto 60.133/2014, que declara as espécies da fauna silvestre ameaçadas de extinção), 2 inhapim "icterus cayanensis", 1 pintassilgo de cabeça preta "carduelis megellanicus" e 2 galos de campina "paroaria dominicana".
Foi verificado que as aves estavam em gaiolas limpas, com alimentação e água abundante, não sendo visualizados maus-tratos.
Diante dos fatos foi elaborado um Auto de Infração Ambiental "por ter em cativeiro, espécimes da fauna silvestre nativa" com multa simples arbitrada no valor de R$ 46.500,00 e outro Auto de Infração Ambiental "por introduzir espécime animal (2 galos de campina) no território do Estado de São Paulo, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida pela autoridade competente", com multa simples no valor de R$ 2.400,00. Também foram apreendidas 57 gaiolas, sendo 41 de madeira e 16 de arame.
As aves e gaiolas em questão foram recolhidas e destinadas à Associação Protetora dos Animais Silvestres de Assis (APASS).