Cidades

Medo de desabastecimento de combustível provoca corrida aos postos em Adamantina

Motoristas fazem filas para abastecer veículos em Adamantina.

Por: Da Redação atualizado: 29 de maio de 2018 | 18h33
Medo de desabastecimento de combustível provoca corrida aos postos em Adamantina

O risco da falta de combustíveis tem levado motoristas a formar filas para abastecer seus veículos, em Adamantina. O cenário é comum em praticamente todos os postos de combustíveis da cidade, e em alguns já há falta de combustíveis.
As filas começaram a ficar mais volumosas pela manhã de hoje (24) e a repercussão tem sido imediata, fazendo com que mais pessoas se dirijam aos postos para garantir o abastecimento dos veículos.
Em declaração à Agência Brasil, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, José Alberto Paiva Gouveia, informou que, desde o início de ontem (23), os postos de abastecimento do estado não receberam nenhum tipo de combustível. "Os postos de combustíveis têm, em média, estoque para operar por dois ou três dias. Hoje não recebemos combustível", afirmou Gouveia (veja mais).
Já o Procon-SP informou hoje (24) à Agência Brasil que o consumidor que flagrar postos de combustível adotando novos preços em função da greve dos caminhoneiros poderá denunciar à entidade. De acordo com o órgão, a denúncia deve ser feita exclusivamente pela internet no site doProcon e é fundamental anexar na denúncia imagem do cupom fiscal ou, na falta dele, o máximo de informações sobre o estabelecimento (nome/bandeira), endereço, data de compra e preços praticados, se possível com fotos (veja mais).

Distribuição de alimentos (*)

A paralisação nacional dos caminhoneiros autônomos já afeta o setor produtivo de carnes e a distribuição de alimentos pelo país. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa), informaram hoje (24) que 129 unidades produtivas de carnes bovina, suína e de aves já estão paralisadas. A previsão das entidades é que, até a sexta-feira (25), mais de 90% da produção de proteína animal seja interrompida caso a situação não se normalize, somando mais de 208 fábricas de diversos portes.

Supermercados (*)

Alguns estados também já começam a sofrer desabastecimento de alimentos, que poderá se estender para todo o Brasil nos próximos dias, “se algo não for feito”, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). “A Abras está buscando sensibilizar o governo federal para que uma solução seja tomada imediatamente. Evitando, assim, que a população sofra com a falta de produtos de necessidades básicas e com uma eventual elevação nos preços”, diz a entidade em nota.

Gás de cozinha (*)

Os protestos de caminhoneiros contra o preço do diesel também já ameaçam o abastecimento de Gás Liquefeito de Petróleo, o gás de cozinha, pelo país. Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), manifestou sua preocupação com a possibilidade de desabastecimento do produto em todas as regiões do país, podendo “causar prejuízos ao funcionamento de serviços essenciais, como hospitais, escolas e creches, além de residências e o segmento empresarial.”

Greve só termina com sanção de alíquota zero do PIS-Cofins (*)

O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse hoje (24) que a mobilização dos caminhoneiros nas rodovias do país só será encerrada quando o presidente Michel Temer sancionar e publicar, no Diário Oficial da União, a decisão de zerar a alíquota do PIS-Cofins incidente sobre o diesel.
Para poder ser sancionada pelo presidente, a medida precisa, antes, ser aprovada pelo Senado.
Fonseca disse que os bloqueios nas estradas estão ganhando força inclusive de grupos não ligados aos caminhoneiros. “Não são só os caminhoneiros que estão sendo prejudicados pela alta dos combustíveis. Isso está prejudicando todo mundo, inclusive temos recebido mensagens via redes sociais para continuarmos mantendo o movimento. Há insatisfação da sociedade com o governo”, disse.
Segundo Fonseca, os caminhoneiros não estão proibindo a passagem de veículos que transportam itens essenciais como remédios nem cargas vivas, produtos perecíveis ou oxigênio para hospital. Ônibus com passageiros e ambulâncias também estão podendo passar pelos bloqueios.
O representante dos caminhoneiros voltou a criticar a política de preço da Petrobras. “A equiparação com o preço internacional [do petróleo] foi a pior medida que podia ser feita”.

(*) Agência Brasil
 

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