Opinião

Um recadinho aos pré-candidatos

“Não há nada mais inútil que discutir política com políticos.” (Salazar)

Por: Nivaldo Londrina Martins do Nascimento
Um recadinho aos pré-candidatos

Não é de hoje que uma coisa vem tirando o sono deste pobre articulista. Não consigo entender porque os especialistas na arte de eleger prefeitos fogem da discussão sobre a crise financeira instalada na Prefeitura de Adamantina. Dizem que nem nos encontros secretos que acontecem a cada 15 dias, eles debatem esse importante assunto. E menos ainda no Namba, nas padarias e nas infrutíferas reuniões domingueiras que realizam ao lado da Art Pão.


Com isso, fica a impressão de que o negócio é mesmo ganhar a eleição e só depois pensar nos problemas do município. No entanto, essa estratégia pode colocar na corda bamba o futuro dos discípulos desses gurus, uma vez que as dificuldades no prédio da Osvaldo Cruz não são pequenas. Aliás, só os eficientes funcionários da Secretaria de Finanças e o prefeito Pacheco sabem o que estão passando para honrar os compromissos da administração.


A propósito, mesmo com as medidas de contenção de despesas adotadas pelo alcaide, a saúde financeira do município está longe de ser recuperada. Por isso, volto a bater na tecla inicial. Está na hora dos pré-candidatos esquecerem seus gurus, e começar a dizer como irão enfrentar a crise econômica num eventual governo. Entretanto, devem tomar cuidado para que esses esclarecimentos não sejam confundidos com campanha antecipada.


De qualquer forma, deixo aqui algumas dicas aos heróis que podem estar entrando na maior fria da vida deles. Em tempos de crise, vender ilusões aos munícipes não é o caminho mais indicado. E falar em aumentar impostos é sinônimo de suicídio político. Sendo assim, vai restar a quem for eleito rezar para que aconteça um milagre na economia brasileira ou então continuar com as soluções caseiras encontradas pela atual administração. 


Como o milagre depende dos políticos de Brasília, vejamos algumas das soluções caseiras. Hoje, das 12 secretarias existentes na Prefeitura, apenas sete estão ocupadas e esse número pode cair para seis. Permanecendo assim, a próxima administração terá em quatro anos uma economia de quase 1,8 milhões de reais só com subsídios de agentes políticos. A mesma coisa pode ser feita com as dezenas de cargos de confiança vagos atualmente. Tais medidas podem não resolver muita coisa, porém já seria um bom começo.


Por enquanto é isso, caro leitor. Mas para que os gurus políticos não digam que neste texto só falei mais do mesmo, antes de encerrar, gostaria de dizer aos prezados pré-candidatos que estão distribuindo cargos entre os seus correligionários, que o feliz ganhador das eleições de outubro vai receber na posse um magnífico presente de quase 8 milhões de reais em dividas com fornecedores e precatórios trabalhistas.

Londrina é servidor público municipal e jornalista profissional (Mtb 35079).

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