Polícia Militar lança "Vizinhança Solidária" com moradores do Parque Universitário
Polícia Militar propõe programa piloto em Adamantina, já consolidado em outras regiões do Estado.
Em sintonia com uma mobilização voluntária iniciada pelos moradores do Parque Universitário, sobretudo em razão dos casos de furtos em residência, o comandante da Polícia Militar de Adamantina, capitão Júlio Marcelo Romagnoli buscou uma experiência exitosa e já consolidada, realizada em Sorocaba, e lançou o programa “Vizinhança Solidária”.
As linhas gerais do programa foram apresentadas em uma reunião realizada no início da noite desta quinta-feira (10) na sede da 2ª Companhia do 25º Batalhão da Polícia Militar, em Adamantina. A exposição foi presidida pelo capitão Júlio Romagnoli e dirigida a um grupo de moradores do bairro.
A iniciativa se baseia, sobretudo, na organização e articulação da própria comunidade, que orientada pela Polícia Militar, vai atuar dentro de um conjunto de ações primárias, com foco na prevenção, na mobilização e no compartilhamento de responsabilidades, com vistas a prevenir ações criminosas. E na eventualidade de ocorrerem delitos, a mobilização também busca estimular o acionamento da Polícia Militar dentro de uma dinâmica que auxilie a própria corporação para que atue no menor tempo possível e com resultados positivos, para o restabelecimento de um cenário de convivência pacífica e segura.
Segundo o capitão Júlio, a dinâmica do programa consiste basicamente que a comunidade se conheça e se comunique, o que se faz no cotidiano, pessoalmente e com o suporte de aplicativos de trocas de mensagens, onde estão inseridas ações como articulação em grupo, aproximação da comunidade, troca de informações e observação compartilhada, cujos condutores levem a uma mudança positiva de comportamento e a maior conscientização entre vizinhos. “O resultado depende muito da articulação da própria comunidade”, reforça o comandante.
Nesse aspecto, capitão Júlio destacou a iniciativa dos próprios moradores que, diante das situações de furto e buscando uma maior organização das suas reclamações e a busca por apoio, já se articulam de maneira bastante positiva.
Responsabilidades compartilhadas
Além de fortalecer a relação e o envolvimento da comunidade, a iniciativa também estimula a presença do tutor – uma liderança comunitária – que vai receber as demandas no campo da segurança e apresenta-las à Polícia Militar, para a adoção das medidas que forem necessárias. O mesmo formato de articulação também pode ser aplicado para sanar outras demandas da comunidade nas demais áreas de interesse dos moradores, como infraestrutura e serviços de manutenção da iluminação pública, por exemplo.
O comandante da PM citou uma previsão legal contida na Constituição Federal, onde fala dos deveres do Estado e dos direitos dos cidadãos, e nesse campo se inserem a segurança pública, como as demais áreas. “A PM tem o dever de atuar, mas a responsabilidade é de todos”, destacou. “A ideia é promover a segurança preventiva de forma estruturada e conjunta”, completou.
A iniciativa não tira da PM a sua responsabilidade institucional, que continua atuando no campo do policiamento ostensivo e comunitário. Ao contrário, a medida aproxima os moradores, bem como a comunidade junto à PM, por meio dos canais de intercâmbio que se abrem e se fortalecem, onde a corporação atua com informação e orientações, sensibiliza a comunidade e se coloca à disposição para atuar nos diversos chamados e cenários, porém a partir de uma nova dinâmica.
Em Sorocaba, onde o “Vizinhança Solidária” já é uma experiência consolidada, houve um saldo muito positivo com a redução do número de ocorrências de crimes e um aumento no número de flagrantes e prisão de infratores.
Para qualquer situação de emergência e denúncias, a PM fica à disposição da comunidade, 24h por dia, ininterruptamente, pelo telefone 190. As ligações são gratuitas.