A Prefeitura de Adamantina recebeu na manhã desta quinta-feira (14) uma comissão com três moradores do Jardim Adamantina, acompanhados do presidente e da vice-presidente da Associação de Moradores, para tratar da demanda que envolve a demarcação da área de terras entre a rua João Latine e a via férrea, com cerca de 1 km, no próprio bairro, feita por populares, com o objetivo de construir moradias.
A área margeia a via férrea e é definida como faixa de domínio, paralela ao traçado da ferrovia, e sob responsabilidade da União. A gestão das áreas da União é feita pela Superintendência de Patrimônio da União (SPU). A faixa da via férrea, sob concessão, é administrada pela Rumo Logística.
No encontro, os representantes da Prefeitura ouviram as colocações do grupo de moradores, onde a Prefeitura se manifestou pela impossibilidade de ter qualquer decisão sobre a área, por se tratar de faixa de terras da União. A Prefeitura também prestou orientações e esclarecimentos ao grupo. Foi dada ciência aos interessados que na eventualidade de ocorrer uma reintegração de posse, pela União ou pela Rumo Logística, determinada pela Justiça, as edificações e benfeitorias poderão ser perdidas.

80 inscritos para 80 lotes demarcados

O encontro entre os representantes dos moradores interessados na demarcação e nos lotes foi viabilizado já Prefeitura pelo presidente da Associação de Moradores do Jardim Adamantina, Antônio Revelin.
Ele relevou ao Siga Mais que entregou um abaixo assinado à Prefeitura, com 80 assinaturas, de moradores do bairro, correspondente aos interessados na demarcação e na ocupação dos lotes. No documento, pedem a utilização da área para fins de moradia.
Revelin disse que na área demarcada, na extensão da via pavimentada da rua João Latine, constam os 80 lotes, que seriam atribuídos ao grupo de 80 pessoas listadas no abaixo assinado.
Segundo Revelin, o grupo tende a manter as demarcações e fazer a ocupação. Ele disse que a reunião foi pautada na demanda do bairro, envolvendo os moradores do Jardim Adamantina e a faixa de terras ao longo da rua João Latine, e não envolve as demarcações que passaram a ocorrer em outros pontos às margens da ferrovia.