Todo procedimento cirúrgico exige cuidados especial para a correta e rápida recuperação. A recomendação é para os humanos e todos os animas, onde todos os cuidados complementares, após as cirurgias, são fundamentais para o restabelecimento dos hábitos cotidianos e da saúde.
Neste tema, o conjunto de cuidados e orientações são dirigidos aos tutores de cães, cujos animais passaram ou precisarão passar por cirurgias.
As orientações são dos irmãos e médicos veterinários Rafael Judai e Bruna Judai, da Clinicão Clínica Veterinária. “O cuidado posterior complementa a intervenção cirúrgica e é imprescindível para a boa recuperação”, adiantam.
Os veterinários explicam que submeter um animal a um processo cirúrgico é também angustiante para eles, sobretudo pela ruptura de hábitos cotidianos e eventuais desdobramentos para dor e desconforto.
Eles destacam também que as cirurgias mais complexas e que exijam uma observação mais presente pelo profissional, poderão exigir um tempo de internação maior. “Para isso é importante o esforço para se sentirem confortáveis e confiantes, e isso vai contribuir para o bem-estar deles”.
Após a alta expedida pelo médico veterinário, os cuidados precisarão ser continuados em casa, pelos tutores, segundo as orientações de cuidados, tratos, higienização, alimentação e medicação (quando necessário).

Cuidados pós-operatórios com cães

Segundo os veterinários da Clinicão, a alimentação dos cães, geralmente, é suspensa pelo período de 24h após a cirurgia. A restrição temporária é necessária para evitar vômitos, em razão da anestesia. Mas é importante mantê-los hidratados, com água sempre à disposição. A restrição de alimentação, por sua vez, poderá ser redimensionada, caso a caso, mediante avaliação do profissional.
No pós-operatório animal também pode perder apetite nos primeiros dias após a cirurgia. Nessas condições, o médico veterinário poderá prescrever cuidados alimentícios específicos, para a necessidade e a boa recuperação do cão.
É importante também dispor de um espaço confortável para o cão, que seja tranquilo e que permita a observação do animal, além de evitar que façam esforços físicos. Os médicos veterinários explicam que nos primeiros dias eles tendem a ficar quietos, mas nos primeiros sinais de melhoras tendem a querer se movimentar, brincar e correr. A manutenção das restrições, nesse sentido, deverão se estender até a total cicatrização da ferida, ou mediante orientação do profissional, caso a caso.
Ainda sob os cuidados com o repouso, se há crianças em casa é preciso explicar que o animal de estimação está em recuperação e que não vão poder brincar com ele, durante determinado tempo, e que isso é importante para que o cão se recupere com saúde e possa voltar a brincar.
Se houver outros animais de estimação em casa, os veterinários da Clinicão aconselham mantê-los separados no período da recuperação, já que uma briga ou uma simples brincadeira pode afetar a ferida, o que pode aumentar o tempo de recuperação do animal, nessa fase pós-cirúrgica.
No mesmo espaço em que for acomodar o cão, dispor alimentos e água, para que tenha acesso fácil, sem esforços, e que seja possível evacuar (fezes e urina). Se ficar muito tempo sem urinar ou defecar, será preciso acionar o médico veterinário.
É preciso também atenção aos medicamentos eventualmente prescritos pelo médico veterinário, sobretudo quanto à dosagem e periodicidade. Na alta da cirurgia, o profissional deve orientar sobre a melhor maneira de ministrar os medicamentos, para minimizar o estresse dos animais em recuperação

Cicatrização das feridas e outros cuidados

Já a ferida da cirurgia deve ser mantida limpa e seca, evitando que infeccione. A manutenção e cuidados com a ferida deverão ser feitos com antisséptico e uma gaze, ou outros meios, desde que sejam indicados pelo médico veterinário.
Se a determinação é deixar a ferida coberta por um curativo, os mesmos devem ser mantidos limpos e secos, além da necessidade de evitar que o cão as remova.
Qualquer alteração, como pus, inchaço ou vermelhidão, é preciso avisar ao médico veterinário, o quanto antes, para a reavaliação.
Os veterinários Rafael Judai e Bruna Judai advertem também sobre a tendência dos cães quererem lamber as próprias feridas. “Um dos cuidados pós-operatórios mais importante sé evitar que isso ocorra”, destacam.
Um dos recursos é a utilização do acessório chamado colar elisabetano. Em média, mantém-se a utilização do colar pelo período de 15 dias, ou até quando o médico veterinário considerar que a ferida esteja completamente cicatrizada.

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