Saúde

30 dias após morte de homem por leshimaniose, saúde confirma novo caso em humano

Dois casos suspeitos foram notificados ao serviço de saúde, sendo confirmado um deles.

Por: Da Redação atualizado: 13 de setembro de 2018 | 09h43
Conjunto Habitacional Mário Covas e Jardim das Acácias, região crítica para casos de leishmaniose em Adamantina (Imagem: Google Maps. Arte: Siga Mais). Conjunto Habitacional Mário Covas e Jardim das Acácias, região crítica para casos de leishmaniose em Adamantina (Imagem: Google Maps. Arte: Siga Mais).

Cerca de 30 dias após a morte de um idoso de 63 anos, morador no Jardim das Acácias, em Adamantina, tendo como causa a leishmaniose, dois novos casos suspeitos foram informados semana passada à Secretaria Municipal de Saúde, sendo que um deles deu positivo para a doença. A paciente, com confirmação de leishmaniose, é uma adolescente de 17 anos.
Segundo o Departamento de Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde de Adamantina, os dois novos casos suspeitos – com uma positivação para a doença – estão em um raio de 100 metros do endereço onde morava o idoso de 63 anos, que morreu no dia 9 de agosto. O atestado de óbito relacionou como causas a falência de múltiplos órgãos, leuctrome hepato renal, leishmaniose visceral e hepatopatia crônica (reveja).

Notificação: 30 casas em situação de risco

Além do novo caso de leishmaniose em humano, atingindo uma adolescente moradora na região dos bairros vizinhos Jardim das Acácias e Conjunto Mário Covas, há 15 notificações expedidas pelo Departamento de Controle de Vetores a moradias dos dois bairros. As notificações exigem dos moradores a completa limpeza dos quintais. Outras 15 residências deverão ser formalmente notificadas, o que coloca 30 moradias em situação de risco.
O mesmo alerta sobre a limpeza dessas áreas se aplica ao próprio poder público municipal, que detém áreas sob seu domínio e responsabilidade, e não dedica uma manutenção efetiva e permanente, que possa reduzir os criadouros. A realização desse trabalho, pelo poder público, em áreas públicas, exige a mobilização de uma estrutura operacional complementar, como da Secretaria de Obras e Serviços, bem como a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, somadas às ações dos Agentes de Controle de Vetores e dos Agentes Comunitários de Saúde.

Região crítica para a doença

Segundo o Departamento de Controle de Vetores, o bairro Jardim das Acácias possui histórico de casos da doença em humanos desde 2004, quando foi diagnosticado o primeiro caso de Leishmaniose Humana em Adamantina. A partir de então foram contabilizados cinco casos da doença em humanos no bairro – com o último registro de óbito ocorrido em 9 de agosto passado -, assim como o bairro vizinho, Conjunto Habitacional Mário Covas, que também contabilizou outros quatro casos da doença em humanos neste mesmo período.
Com esses números, o Departamento de Controle de Vetores tem essa região como área de risco de transmissão intensa, de casos de leishmaniose humana e canina.

Busca ativa e ações permanentes

A cada caso confirmado o serviço de saúde realiza busca ativa de sintomáticos em um raio no entorno da moradia do paciente, com o objetivo de identificar tanto em humanos quanto em animais a sintomatologia da doença para que, identificado precocemente, possam ser tomadas as devidas providências. O trabalho as campo também visa frisar as orientações sobre prevenção e manejo ambiental, cuidado com os quintais e com os cães.
Além da mobilização concentrada diante do surgimento de novos casos da doença, a Equipe de Educação da Secretaria Municipal de Saúde também realiza trabalhos educativos, como palestras e teatros de fantoche e intensificará estes trabalhos nas creches, escolas e com os moradores, sobretudo na região dos bairros Mário Covas e Jardim das Acácias.
Segundo Francine de Brito Alves, profissional responsável pelo Departamento de Controle de Vetores, essa mobilização tem o intuito de conscientizar essas comunidades sobre os riscos de manter os quintais livres de acúmulos de folhas e frutos e fezes, bem como os cuidados que devem ser tomados com os animais de estimação ressaltando o bem-estar animal e a posse responsável. “Evitem que seus cães tenham acesso à rua, se possível tenha citronela no quintal e tele portas e janelas para evitar o acesso do mosquito palha ao interior das residências. Mantenha os cães sempre bem cuidados com água e alimentos disponíveis e mantenha o ambiente do seu animal sempre limpo. E denuncie o abandono de animais”, diz. “Vamos batalhar contra essa cultura”, continua. “Ressalto ainda que o lixo jogado nas áreas verdes e terrenos baldios, retornam para as nossas residências em forma de insetos, animais peçonhentos e mosquitos, causando transtornos, acidentes e transmitindo doenças graves. Leishmaniose não tem cura e pode matar, vamos cooperar para a saúde de toda a população”, completou Francine.

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