Cidades

Adamantina manifesta no “Vem Pra Rua”

Populares e representantes do Poder Judiciário e Ministério Público participam.

Por: Da Redação atualizado: 6 de dezembro de 2016 | 08h16
Mesmo com a chuva que antecedeu o horário da manifestação, público participou (Foto: Luan Nóbrega). Mesmo com a chuva que antecedeu o horário da manifestação, público participou (Foto: Luan Nóbrega).

Cerca de 80 pessoas participaram na manhã de hoje do ato público “Vem Pra Rua”, que reuniu populares e representantes do Ministério Público e Poder Judiciário na manhã deste domingo (4), na Praça Élio Michelioni, em Adamantina.
De certa forma a chuva que antecedeu o horário do manifesto atrapalhou, mas não tirou o ânimo de quem participou. Assim, o manifesto foi realizado em sintonia com o movimento nacional, que previu ações semelhantes em várias cidades brasileiras, no mesmo horário.
Em Adamantina, a mobilização foi organizada pela professora Ana Lúcia Bonilha Tiveron, que destacou, como pauta, o apoio à operação Lava Jato, ao juiz Sérgio Moro, ao Poder Judiciário, ao Ministério Público e em favor das 10 medidas de combate à corrupção, proposta pro meio de iniciativa popular encabeçada pelo Ministério Público Federal (MPF) e que foi aprovada nesta semana pela Câmara dos Deputados, dentro de um outro contexto, que desconfigurou seus objetivos centrais.

“O judiciário não busca qualquer tipo de privilégio”

A juíza Ruth Duarte Menegatti, que atua na Comarca de Adamantina, participou do ato público na manhã de hoje. Vestindo camiseta com a bandeira do Brasil, destacou os reflexos negativos que as medidas aprovadas nesta semana, na Câmara dos Deputados, poderão trazer à atuação do poder judiciário.
Ela destacou que o país atravessa um período de medidas graves e decisivas, e alertou sobre os impactos das medidas, pelo viés das modificações introduzidas pelos parlamentares. “O judiciário não busca qualquer tipo de privilégio. Já existem leis que tratam do abuso de autoridade”, disse.
Segundo a juíza, o que se busca, dentro da expectativa da sociedade, é totalmente diferente. Em todos os lugares temos muita corrupção e o Judiciário não irá parar de trabalhar. “Todos os juízes estão unidos, em cada cidade, e iremos continuar o nosso trabalho”, destacou.
Ela citou que, em todas as áreas profissionais, há condutas positivas e negativas, e nesse aspecto, já existem leis que punem abusos. “É diferente do que estão querendo fazer. O que estão querendo é acabar com a sociedade brasileira. Colocaram leis que obrigatoriamente juiz vai ter que aplicar e nós estaremos amordaçados”, alertou.
A juíza elogiou a mobilização realizada em Adamantina. “Que bom que a sociedade está aqui, e que a nossa união é pelo nosso país. Por isso hoje não vim com a toga, vim com o Brasil, como cidadã, que acredita neste país, acredita na Justiça e acredito no meu trabalho realizado nessa cidade, onde atuamos com isenção, com muita vontade de cumprir todas as leis”, disse. “Não podemos deixar aprovar, em verdade, uma lei que busca perpetuar e manter pessoas corrutas no poder”, desabafou. “Estamos em uma época de crise e extremas dificuldades enquanto povo. Está na hora de todos nos unirmos”, completou.

“Instrumento para intimidação”

O promotor de Justiça Reginaldo César Faquim, que atua na Comarca de Lucélia, também fez uso da palavra e destacou o posicionamento apartidário do Ministério Público e do Poder Judiciário nas manifestações, e ressaltou aspectos do movimento vivido na sociedade, de combate à corrupção e apoio a essas duas instituições. “O Brasil se une neste momento contra a lei da intimidação”, disse. “Estão embutindo em um pacote de medias anticorrupção um instrumento para intimidação os promotores e dos juízes que atuam no enfrentamento à corrupção”, completou.
A expectativa do promotor de justiça é de que as medidas não avancem, o que depende ainda da votação no Senado e da sanção da Presidência da República. “Esperamos que essa tentativa não tenha êxito, porque não é a favor de nenhum cidadão. É contra o cidadão, contra a moralidade”, disse. “Nos juntamos apartidariamente com todos os brasileiros, contra a lei da intimidação e a favor das leis que queiram melhorar o combate a corrupção. Nos aliamos a todos vocês nesse sentido”, reforçou.

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