Cidades

Padre Carlos deixará Adamantina em fevereiro para se dedicar à Casa da Fraternidade em Goiás

Novo padre para assumir a Paróquia de Santo Antônio deve ser anunciado pelo Bispo da Diocese.

Por: Everton Santos | Jornal Diário do Oeste atualizado: 28 de outubro de 2021 | 10h21
Padre Carlos anuncia despedida de Adamantina (No Click com o Senhor). Padre Carlos anuncia despedida de Adamantina (No Click com o Senhor).

O padre Carlos Roberto dos Santos, que foi empossado pároco da Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua, em 6 de fevereiro deste ano, assumirá nova missão a partir do dia 1º de fevereiro de 2022. Antes mesmo de completar um ano à frente dos trabalhos pastorais da comunidade Católica adamantinense ele se dedicará à Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas.

Eleito Responsável Nacional da Fraternidade Jesus Caritas em janeiro de 2018, na cidade de Londrina, durante Assembleia Nacional que é realizada a cada 6 anos, padre Carlos participa frequentemente de retiros e formações promovidas em diversos lugares do Brasil.

No início do ano, antes de se tornar o 10º pároco da Matriz de Santo Antônio de Pádua, Pe. Carlos Roberto participava do Mês de Nazaré, um retiro espiritual na cidade de Goiás. Preparava-se para celebrar o jubileu de prata sacerdotal. Nesta ocasião o sacerdote manifestou sintomas da Covid-19, foi internado em 18 de janeiro, com mais de 50% do pulmão comprometido, permaneceu uma semana na UTI, mas se recuperou e recebeu alta no dia 24 de janeiro.

Igreja Matriz de Santo Antônio (Foto: Tiago Rafael).

Adamantinense, padre Carlos Roberto dos Santos pediu um ano sabático à Diocese de Marília, período em que os sacerdotes utilizam para se dedicarem a estudos, retiros espirituais ou chamados para missões. Neste período, padre Carlos, vai residir junto com outros padres na Cidade de Goiás – GO, na Casa da Fraternidade Jesus Caritas. Lá, eles se dedicarão a ajudar outras pessoas, de maneira especial sacerdotes, pois será uma casa de retiros espirituais para quem quiser viver um tempo em oração e em fraternidade para recompor sua vida de fé, e voltar para casa com energias refeitas.

“O nosso mundo mudou muitas coisas, relativizou muitas coisas, tirou do Padre até aquilo que é o essencial e lhe apresenta muitas coisas que são secundárias”, salienta. “O nosso fundamento é Jesus, precisamos ter uma amizade intima e profunda com Jesus. Tenhamos os olhos fixos em Jesus Cristo”, disse padre Carlos.

Sua despedida, que ainda não está marcada, ocorrerá no final de janeiro do próximo ano, poucos dias antes de completar um ano em Adamantina e prestes a completar 26 anos de Ordenação Sacerdotal, em 17 de fevereiro.

Segundo informações do próprio religioso, o processo de escolha e nomeação do próximo pároco da comunidade de Santo Antônio de Pádua, em Adamantina, já está acontecendo seguindo os trâmites previstos pela Igreja Católica, e em breve o bispo diocesano comunicará a todos.

Trajetória

Nascido em 28 de setembro de 1963, em Adamantina, por volta dos 8 anos, padre Carlos já sentia uma grande amizade com o Menino Jesus. Sentiu o chamado ao sacerdócio ainda adolescente. Já participava em várias pastorais na paróquia, e a pedido de Monsenhor Manoel Gonzales, começou a participar da Pastoral Vocacional e dos retiros vocacionais. Foram 3 anos de discernimento. Depois de servir o Tiro de Guerra, no dia 4 de agosto de 1984, Monsenhor Manoel encaminhou o jovem Carlos ao Seminário Diocesano de Marília São Pio X, mesmo enfrentando resistência por parte de alguns familiares.

Ao longo de 6 meses se preparou para prestar o vestibular de Filosofia, curso que iniciou em 1985 em Marília e concluiu na PUC em São Paulo. Retornou a Marília, onde terminou o curso de Teologia, em 1995.

Com a conclusão dos estudos, teve sua ordenação diaconal em 29 de julho de 1995. No ano seguinte, em 17 de fevereiro de 1996, tendo como lema “Dou a vida pelas minhas ovelhas” foi ordenado sacerdote. As duas celebrações foram realizadas na Igreja Matriz de Santo Antônio e presididas pelo bispo diocesano, à época, Dom Osvaldo Giuntini, concelebradas por Dom Eugênio Rixen, pelo então pelo pároco, padre Emilio Gil Pellejero e muitos padres da diocese.

Sua ordenação, em Adamantina, em 17 de fevereiro de 1996 (Acervo Pessoal).

“Primeiro, a vocação não vem da gente, é Deus quem dá um jeito de entrar na história dos vocacionados. Eu recebi este chamado quando era adolescente, já tinha todo um trabalho de inserção na vida da comunidade, até que um dia me perguntaram ‘você quer ser padre?’, porque toda minha dedicação, toda vida eu estava ali, eu já vivia 100% para Deus, e aquela pergunta nunca mais saiu da minha cabeça, e percebi que não seria mais feliz se não fosse daquele jeito, todo para Deus”, revelou padre Carlos.

Exerceu o diaconato na Paróquia Santo Antônio de Junqueirópolis e, depois de ordenado presbítero, em 1996, padre Carlos foi para a paróquia Santa Rita de Cássia, em Marília, onde atuou por 12 anos. A Diocese confiou vários trabalhos ao religioso: sendo um dos precursores do curso de Teologia para Leigos, tanto como coordenador quanto como professor das disciplinas de Ética, Filosofia e Teologia Moral e Bioética. Coordenou ainda a pastoral do batismo na diocese, ajudou na pastoral dos ministros na Região I e foi vigário episcopal nas regiões I e II.

Em 2007, o então bispo Dom Osvaldo Giuntini o encaminhou para o estudo do Mestrado no sul da França, em um Centro de estudos internacional, inspirado nos Santos do Carmelo, chamado “Instituto Notre Dame de Vie”. Retornou a Marília após os estudos, sendo designado para atuar na coordenação diocesana de pastoral.

Em Adamantina, vacinação contra a Covid-19 (Acervo Pessoal).

Nesse tempo, também lhe foi confiada a secretaria do Sub-regional de Botucatu, função que ocupa até os dias atuais. Também é professor na Faculdade João Paulo II, ministrando as disciplinas de teologia moral, incluso bioética, moral do amor e da sexualidade e moral social.

Em 1º de fevereiro de 2015, assumiu como pároco da Igreja Matriz São Pedro Apóstolo, de Tupã, função que exerceu por seis anos.

Em novembro de 2020 foi nomeado pelo Bispo Diocesano Dom Luiz Antonio Cipolini para assumir a Igreja Matriz de Santo Antônio, em Adamantina. Sua posse foi consolidada em 6 de fevereiro, em celebração presidida por Dom Luiz.

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Fraternidade

A Fraternidade Sacerdotal nasceu da procura de um grupo de padres seculares na linha das intuições de Beato Charles de Foucauld. Diversas famílias já tinham nascido dessas intuições, em particular os Irmãozinhos e as Irmãzinhas de Jesus. Mas o aspecto propriamente religioso não convinha a padres que queriam permanecer diocesanos.

Assim nasceu em 1951 a União Sacerdotal Jesus+Caritas que, em 1976, tomou o nome de Fraternidade Sacerdotal Jesus Caritas.

A irradiação da personalidade humana e evangélica do irmão Charles de Foucauld e sua aventura espiritual e evangelizadora estão na origem da Fraternidade Sacerdotal e continuam hoje como inspiradoras de uma forma evangélica de viver a vida e o ministério presbiteral.

A Fraternidade continua despertando interesse entre os padres no mundo todo. Conta atualmente com 4 mil membros. Os aspectos característicos do carisma do Padre de Foucauld encontram-se no amor a Jesus, escutado no evangelho, celebrado e adorado na eucaristia; na fraternidade universal; no desejo de proximidade com os mais pobres e excluídos; na preocupação com os que vivem nas periferias existenciais da vida; no viver e trabalhar de forma simples, com meios pobres; na vontade de ser padre em estrita união com o povo, o presbitério e o bispo.

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