Vi um vídeo de um amigo que faz uma provocação: você levou seu vazio pra passear hoje? Como dezembro se inicia e com o período vem os balanços de fim e início de ano fiquei pensando nos vazios que temos. E como são doloridos.

Um vazio deixado por um amor

Um vazio provocado pela morte

Um vazio vindo de um desentendimento com um amigo

Um vazio deixado por vidas que seguiram outros rumos...

... e como, muitas vezes, gostamos de manter esses vazios.

Como um saquinho que vai ao prazer do vento, nós pouco nos esforçamos para preencher esse vazio. Calma, eu explico. Preenchemos na base da troca e, aí, pouco vale.

Troca-se de amor rapidamente (será que era amor???); procura-se novos amigos (para ter bons amigos é preciso tempo, convivência, conversa); a cachaça, drogas e o sexo vazio são bem usados para lidar com a morte como sabemos... mas o preenchimento que pra mim importa é aquele que nos faz bastar a nós mesmos.

Ir ao cinema só, sorvendo um pouco de cultura, rindo e chorando consigo mesmo, olhando as próprias emoções.

Ler um livro interessante que traga conhecimento, risadas, lágrimas...

Ver uma série que coloque as emoções à flor da pele...

Fazer amizade, trocar ideias, dar risadas em conjunto é o que mais preenche esse vazio. Dividir ideias e sentimentos é o que faz o saquinho ficar pleno e não mais seguir a favor do vento e, sim, a favor do que queremos para uma vida plena.

Vamos aproveitar os dias de dezembro com suas festas pra realmente confraternizar e preencher nosso saquinho de vida, de amizades e de histórias. Que venha um 2025 com aventuras incríveis. Contar histórias, para mim, ainda é a maior aventura humana na terra.