Nesta quarta-feira (14) foi comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o lema da campanha este ano é "Doe sangue, doe plasma, compartilhe a vida, compartilhe com frequência". A iniciativa faz alusão ao Junho Vermelho, mês de conscientização sobre a doação, concentra-se nos pacientes que precisam de suporte transfusional por toda a vida e destaca a importância de doar sangue ou plasma regularmente para criar um suprimento de sangue e hemoderivados seguro, sustentável e sempre disponível.

Em Adamantina colaborador da Sabesp faz doação de sangue (Cedida/Sabesp).

Nesta época do ano, em especial, costuma ocorrer uma baixa nos estoques de sangue, devido à proximidade das férias escolares, festas juninas, além da mudança de estação, com a chegada do inverno. Em Adamantina, duas campanhas buscam estimular a doação voluntária para abastecer o Banco de Sangue local, que funciona na Santa Casa.  

Sabesp: cerca de 70 funcionários vão doar sangue na região  

Uma das iniciativas é realizada pela Sabesp, que promove uma campanha interna de doação em quatro cidades da região: Adamantina, Assis, Presidente Prudente e Tupã. Aproximadamente 70 funcionários devem participar da iniciativa que tem como objetivo estimular a doação frequente entre seus colaboradores e suas redes de relacionamento. 

Colaboradora da Sabesp participa da iniciativa  (Cedida/Sabesp).Campanha da Sabesp estimula doação regular de sangue (Cedida/Sabesp).Mobilização no Banco de Sangue em Adamantina (Cedida/Sabesp).

Entre os colaboradores da empresa as doações começaram ontem, no Dia Mundial do Doador de Sangue, e seguem até sexta-feira (16). Em Adamantina as doações ocorrem no Banco de Sangue da Santa Casa local. Em Assis, no Hospital Regional da cidade. Em Presidente Prudente, também em seu Hospital Regional. E em Tupã, na Santa Casa.

Publicidade

Rotary e parceiros: “Doe sangue, salve vidas”

A outra ação é realizada pelo Rotary Club de Adamantina e Santa Casa local, com apoio da OAB, Rotaract Club, Interact Club e Casa da Amizade. A campanha “Doe sangue, salve vidas” promove divulgação e sensibilização para que as doações ocorram, além de orientar sobre as condições para realizar a doação.

(Divulgação).

Para doar, a pessoa precisa ter, no mínimo, 50kg, e entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos devem possuir consentimento formal do responsável legal). Também é necessário estar alimentado e evitar o consumo de comidas gordurosas nas quatro horas anteriores. O doador precisa estar em boas condições de saúde e apresentar documento original com foto recente, que permita a identificação.

Representantes da Santa Casa, Banco de Sangue, Rotary e OAB (Cedida/Rotary).

Na Santa Casa de Adamantina o acesso ao Banco de Sangue é pela Avenida Rio Branco (portaria da antiga fisioterapia). As doações são recebidas de segunda a sexta, das 7h15 às 11h. 

Após a doação

Após a doação, a bolsa de sangue total é centrifugada e separada em três componentes: concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e plasma. São realizados exames laboratoriais para determinação do grupo sanguíneo e para detecção de doenças transmissíveis pelo sangue. Depois desses exames, a bolsa de sangue é liberada para transfusão. O sangue é utilizado principalmente nas grandes emergências, que incluem acidentes de trânsito, ferimentos por armas, hemorragias agudas, entre outros, além de cirurgias e pacientes com doenças oncológicas e hematológicas.

(Myke Sena/MS).

Cada pessoa tem, em média, cinco litros de sangue. É seguro doar, porque o material usado é estéril, descartável e de uso individual. O organismo repõe o volume de sangue doado no mesmo dia.

O sangue tipo O Negativo é considerado "universal" porque pode ser transfundido em qualquer pessoa, salvo em raríssimos casos. É o sangue que salva nas situações de emergência. No Brasil, apenas 5% da população têm esse tipo sanguíneo. 

Publicidade

No Brasil

Aproximadamente 1,4% da população brasileira doa sangue. Em países da Europa, esse índice chega a 5%. Os dados do Brasil equivalem a 14 pessoas a cada mil habitantes, e um total de 3.159.774 milhões de doações de sangue por ano no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo apurado em 2022. Isso significa que o Brasil está dentro da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que 1% a 3% da população de cada país deve ser doadora. No entanto, o Ministério da Saúde (MS) reforça a importância de aumentar o número de doadores para manter os estoques de todo país regulares, sem risco de desabastecimento. Cada doação pode ajudar a salvar até quatro vidas.

(EBC/Agência Brasil).

Conforme o MS, o Brasil possui 2.097 serviços de hemoterapia (coleta, hemocentros, hemonúcleos, unidades de coleta e transfusão, agências transfusionais). Uma das estratégias da Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados é o fortalecimento das estruturas de serviços, como por exemplo, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás).