Bares e restaurantes protestam conta redução do horário de atendimento presencial em Adamantina
Desde segunda-feira (14) atendimento presencial no setor é autorizado até às 19h.

Donos de bares e restaurantes de Adamantina, por meio de uma publicação na conta @abra_adamantina (ABRA - Associação de Bares e Restaurantes de Adamantina), no Instagram, feita nesta quarta-feira (16), protestam contra a medida determinada pelo poder público municipal, conforme o Decreto Municipal Nº 6.373, de 8 de junho de 2021, assinado pelo prefeito Márcio Cardim, que determina que o atendimento presencial nos estabelecimentos é autorizado até às 19h, o que vale para comércio, restaurantes e similares e igrejas.
A medida começou a valer nesta segunda-feira (14). Segundo a Prefeitura, a decisão foi tomada semana passada em decorrência do agravamento de casos da Covid-19 na cidade e a alta ocupação hospitalar de leitos de enfermaria e UTI para tratamento da doença. As ações são mais restritivas do que o Plano SP, que autoriza o funcionamento dessas atividades até às 21h, o que vinha ocorrendo até o último domingo (13).
Com a decisão local, só podem funcionar após às 19h farmácias, postos de combustíveis e supermercados. Em relação aos supermercados, o horário limite para atendimento presencial continua sendo 21h, de acordo com o Plano SP. Os serviços de drive-thru e delivery permanecem autorizados.
Bares e restaurantes reagem
Com o título da postagem “Comércio noturno de Adamantina chora”, a conta da ABRA no Instagram traz a reação do setor às restrições quanto ao funcionamento dos estabelecimentos limitado a fazer atendimento presencial até às 19h.
O SIGA MAIS separou os principais trechos do texto. “Após 1 ano e meio de pandemia o prefeito adamantinense Márcio Cardim falha nas estratégias de contenção da disseminação do coronavírus e ataca novamente o setor mais prejudicado na pandemia. Ficamos fechados por meses e meses esperando o sistema de saúde se preparar para que não houvesse falta de leitos em UTI para a população”, diz o trecho inicial da publicação.
Em um outro ponto da postagem, o texto fala sobre a importância do setor, os reflexos do segmento para a cidade e o cenário crítico em que estão vivendo. “Adamantina sempre fora uma cidade atrativa, vários restaurantes e bares respeitados atraem e fazem girar a economia municipal, empregando muitos adamantinenses. Repudiamos completamente esse decreto imposto a nós, não existe mais estratégias para mantermos as portas abertas”, continua.
Os representantes mencionam ainda falta de abertura para diálogo, por parte do poder público. “É uma total falta de empatia, respeito e egoísmo assinar um decreto e nem ao menos nos receber para tentar viabilizar uma estratégia que nos permitisse sobreviver. (...) fecharam completamente o diálogo com nosso setor”.
Por fim, a publicação cobra medidas efetivas e foco nos locais onde há aglomeração. “Sabemos que para se ter algum efeito de circulação de pessoas o lockdown total deveria ter sido imposto, mas aí é mais fácil mostrar alguma medida inefetiva, pois a história virou novela, filas e mais filas nos bancos, lotéricas e mercados lotados, sem contar nas festas clandestinas. Quer fazer algo de útil ? Vá para a rua com seu corpo de fiscalização e impeça os locais em que realmente exista a disseminação do vírus”, conclui a postagem. (Continua após a publicidade...)
Casos em Adamantina
Segundo o boletim epidemiológico desta quarta-feira, Adamantina acumula 97 registros de mortes pela Covid-19 desde o início da pandemia. No total, são 3.046 casos positivos, com 2.809 moradores curados da doença. Atualmente, há na cidade 140 casos ativos e 95 exames pendentes, aguardando resultados.
(Divulgação/PMA).
Quanto à ocupação hospitalar, a Santa Casa de Adamantina tem 22 pacientes hospitalizados nas alas de isolamento para Covid-19, dos quais 20 são de Adamantina. Desses, 11 estão na enfermaria e 9 na UTI. De outras cidades são 2 hospitalizados, dos quais 1 na enfermaria e 1 na UTI. O boletim informa 1 alta hospitalar em relação ao boletim anterior.