Cidades

Ministério Púbico recomenda que prefeito de Mariápolis não convoque aprovados de concurso

Ministério Púbico e Polícia Civil investigam concurso realizado em Mariápolis.

Por: Da Redação
Concurso realizado pela Prefeitura de Mariápolis é alvo de investigação pelo MPE e Polícia Civil (Foto: Arquivo). Concurso realizado pela Prefeitura de Mariápolis é alvo de investigação pelo MPE e Polícia Civil (Foto: Arquivo).

A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual (MPE) investigam o concurso público realizado no dia 8 deste mês, em Mariápolis, e que é alvo de investigação, depois de denúncia realizada pelos candidatos.
A seleção era para diversos cargos e dois pontos centrais são alvo de questionamento entre os candidatos, envolvendo a suposta alteração no horário das provas e o flagrante de atitude suspeita em uma das salas, por um dos inscritos na prova.
Assim, foram abertos dois expedientes para apurar o caso. Junto à Delegacia de Polícia de Mariápolis os candidatos prejudicados formalizaram um boletim de ocorrência na mesma manhã em que eram realizadas as provas, sendo instaurado, em seguida, o competente inquérito policial.
No inquérito, o delegado começou a ouvir os candidatos que se julgam prejudicados. A expectativa é colher depoimento de todos os candidatos à vaga de advogado, presentes à sala, onde ouve o flagrante em torno da atitude suspeita de um dos candidatos, no preenchimento de gabarito, além de outros eventualmente prejudicados
Junto ao MPE, foi instaurado um inquérito civil, no dia seguinte (9), sendo expedidas as providências iniciais, entre as quais, foi formalizada recomendação pela Promotoria de Justiça da Comarca de Adamantina, dirigida ao prefeito de Mariápolis, Ismael Calori, para que não proceda a convocação dos aprovados no concurso, até que todas as questões sob investigação sejam sanadas.

Relembre caso

Momentos após o início da aplicação das provas do concurso público, em Mariápolis, alguns candidatos procuraram a Polícia Militar, que em seguida apresentou o caso à Polícia Civil, onde foram registrados dois boletins de ocorrência.
O primeiro deles envolve a denúncia de que um candidato participante do concurso, à vaga de advogado, teria iniciado o preenchimento do gabarito em atitude suspeita. “Um dos participantes da prova começou a preencher o gabarito antes da entrega dos cadernos de questões, o que fez com que os demais candidatos suspeitassem de uma possível fraude”, explicou o delegado Celso Pardo ao site G1. “Devido à suspeita dos outros candidatos, que estranharam o fato de uma pessoa preencher o gabarito sem saber o que cairia na prova, todos os gabaritos foram apreendidos e a prova foi cancelada”, continuou o delegado.
Já a segunda reclamação dos candidatos ao concurso público, levada à Polícia, refere-se ao horário das provas, pois alegam que o horário divulgado para início das mesmas seria 9h, e teria sido antecipado par iniciar-se às 8h, por meio de uma comunicação no site da empresa responsável pela realização do concurso. “As provas estavam previstas para acontecer a partir das 9h deste domingo (8). Entretanto, a Prefeitura fez uma alteração no site, na última sexta-feira (6), mudando o início para as 8h. Como muitos participantes não viram essa alteração, eles chegaram atrasados e se sentiram lesados”, revelou o delegado, ao G1.
A apuração das denúncias, segundo informado pelo delegado Celso Pardo Soares, poderá levar até 30 dias. Nesse período serão ouvidos os candidatos que se declararam como testemunhas dos casos, bem como as partes da Prefeitura e da empresa organizadora do Concurso, para suas versões, bem como para apurar as providências administrativas sobre o caso.
Com a conclusão dos trabalhos, os autos poderão ser remetidos ao Ministério Público Estadual, junto à Promotoria de Justiça da Comarca de Adamantina.

O concurso

O concurso realizado está previsto no Edital Nº 001/2016, com vagas para clínico geral, pediatra e ortopedista, advogado, engenheiro agrônomo, professor de inglês no ensino fundamental, professores de creche e educação física, motorista, pedreiro, digitador de computador, fisioterapeuta, servente, atendente de enfermagem, ajudante geral, escriturário e fiscal de serviços.
Para a realização do concurso, a Prefeitura de Mariápolis contratou a empresa Multigestão Consultoria Ltda, sediada em Platina/SP, na região de Assis. A divulgação do concurso também foi realizada na editoria de notícias do Siga Mais (reveja aqui).

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