Com doadora de 2 anos, Hospital Regional Prudente faz primeira captação de órgãos pediátrica do ano
Doadora foi uma menina de apenas 2 anos, moradora de Rancharia, vÃtima de morte encefálica.

O Hospital Regional de Presidente Prudente “Dr. Domingos Leonardo Cerávolo” realizou, na noite desta sexta-feira (18), a primeira captação de órgãos pediátrica de 2025. A doadora foi uma criança de apenas 2 anos, do sexo feminino, moradora de Rancharia, vítima de morte encefálica.
Após a notificação e abertura do protocolo, foi realizada uma abordagem familiar humanizada, seguida de ações médicas e multiprofissionais voltadas à manutenção das funções vitais da paciente. Com a autorização da família, foram captados os dois rins da criança, que agora beneficiarão dois pequenos pacientes compatíveis da lista nacional de transplantes.
O procedimento foi conduzido por uma equipe especializada do Hospital das Clínicas de Marília, que se deslocou até Presidente Prudente para realizar a cirurgia em conjunto com a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HR. A ação contou ainda com o apoio da Central Estadual de Transplantes (CET) e da Organização de Procura de Órgãos (OPO), em uma atuação integrada e coordenada.
(Reprodução/Fanpage do HR Presidente Prudente).
O médico Renato Ferrari, coordenador da CIHDOTT, destacou a delicadeza e a importância da doação. “Neste caso específico, dois pacientes que aguardam na lista nacional de transplantes receberão os rins e, com isso, poderão deixar a hemodiálise para trás, ganhando mais qualidade de vida e liberdade para viver a infância como merecem. Sabemos que, quando se trata de uma criança, o impacto emocional sobre a família é imenso. A doação de órgãos infantis é algo raro justamente por essa carga emocional tão profunda. Mas, mesmo diante da dor, o gesto de pensar no próximo e permitir que outra vida continue é um ato de amor imensurável”, finalizou.
Como ser um doador?
Todas as pessoas podem ser doadoras de órgãos, desde que apresentem boas condições clínicas de saúde. No Brasil, não é necessário deixar registrado em documentos o desejo de ser doador. Basta conversar com seus familiares e expressar sua vontade em vida. A autorização para a doação só pode ser dada pela família após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica.