Uma publicação nas redes sociais na noite desta segunda-feira (4) informou sobre a chegada do medicamento e início do tratamento considerado vital para o adamantinense Alexandre Borsuk, que trava uma luta contra um câncer severo e teve sua história compartilhada nas redes sociais na semana passada. 

Doações permitiram adquirir as duas doses de medicamentos ainda não cobertos pelo SUS, para uma nova abordagem imunoterápica. Na sexta-feira (1) a família anunciou ter alcançado a meta de arrecadação de R$ 120 mil para essa finalidade fez a compra de duas doses do medicamento. As doações foram recebidas pela plataforma Vakinha e Pix.

Medicamentos para terapia-alvo adquiridos pela família (Reprodução).Alexandre e a eposa Flávia (Reprodução).

Hoje, em uma nova divulgação pela transparência, a família informou a chegada dos medicamentos Tafinlar e Mekinist (leia abaixo mais informações sobre os medicamentos) e início do tratamento. “Hoje chegou a medicação do Alexandre e ele já começou o tratamento, graças a Deus e a todos que colaboraram de alguma forma”, publicou o perfil Flávia Borges Alexandre Borsuk. “Que Deus abençoe a vida de cada um que está orando e torcendo pela cura dele”, prossegue a postagem.

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A mobilização possibilitou arrecadar R$ 120 mil visando a compra da medicação para que iniciasse um tratamento chamado “Terapia Alvo”, indicado pelo Hospital do Amor de Barretos para combate e contenção da doença. Esse protocolo de imunoterapia ainda não é coberto pelo SUS. Em paralelo à busca por doações a família também ingressou com medida judicial pleiteando o tratamento.

Rifa prossegue

A família pede que as contribuições continuem, por meio de uma rifa virtual, para ajudar a custear outras despesas relacionadas ao tratamento. “Solicitamos que continuem comprando os números restantes das rifas, que terá um total de R$ 13 mil, para custear outros cuidados, como efeitos colaterais que estão por vir com o tratamento da Terapia Alvo”, ressaltam os familiares. As rifas podem ser adquiridas neste link.

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Saiba mais

Dois medicamentos de alta complexidade vêm sendo utilizados com eficácia no tratamento de determinados tipos de câncer com mutação no gene BRAF: Tafinlar (mesilato de dabrafenibe) e Mekinist (dimetilsulfóxido de trametinibe). Ambos são produzidos pela farmacêutica Novartis e representam avanço no combate a tumores agressivos, como o melanoma metastático e alguns casos de câncer de pulmão de células não pequenas.

O Taflinar atua como inibidor seletivo da proteína BRAF, responsável por estimular o crescimento descontrolado das células tumorais quando há mutação nesse gene. Já o Mekinist é um inibidor de MEK, outra proteína da via de sinalização celular ligada à proliferação de células cancerígenas. Juntos, eles formam uma terapia combinada que bloqueia de forma mais eficaz a cascata de sinais que alimenta o crescimento do tumor.

A combinação de dabrafenibe e trametinibe demonstrou aumentar significativamente a sobrevida global e a resposta ao tratamento em comparação com a quimioterapia convencional, além de reduzir o risco de progressão da doença.

Por serem medicamentos de alto custo e uso restrito, Taflinar e Mekinist são fornecidos apenas com prescrição médica e acompanhamento especializado. No Brasil, muitas vezes os pacientes recorrem à Justiça ou programas de acesso de laboratórios e governos para conseguir os medicamentos, fundamentais para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida.