De Adamantina, Rodrigo Sanches participa de reportagem no Fantástico sobre idealização corporal
Reportagem destacou o medicamento Semaglutida, para diabetes, e usado para reduzir a obesidade.
![Rodrigo Daniel Sanches (Reprodu??o/Fant?stico).](https://www.sigamais.com/arquivo/noticia/thumb600x0/img90561jpg170716057365c133fd8cd0a.jpg)
O adamantinense Rodrigo Daniel Sanches, doutor em psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FFCLRP/USP), participou neste domingo (4) de reportagem especial do Fantástico (Globo). Hoje ele reside e atua em São Paulo.
O centro da pauta foi o medicamento Semaglutida, que veio da Dinamarca e começou a ser vendido em 2019, no Brasil, para tratar diabetes tipo 2. Posteriormente, passou a ser utilizado pelos médicos também para tratar obesidade. “Domingo, no Fantástico, o medicamento injetável que vem transformando o tratamento para obesidade, e virou febre nas redes sociais”, anunciou o programa, ao divulgar um dos principais destaques da sua programação. ASSISTA AQUI.
Dr. Rodrigo se tornou um estudioso sobre idealização corporal, e tem contribuído para o debate sobre a imagem do corpo feminino na mídia e suas implicações na saúde. Conforme seu perfil no Linkedin, é professor universitário, consultor científico do Conselho Regional de Nutricionistas da 3 Região - CRN3-SP/MS e conferencista em eventos científicos de comunicação, nutrição, transtornos alimentares, entre outros. Ele iniciou sua graduação em comunicação no Centro Universitário de Adamantina.
No sábado (3) ele postou em suas redes sociais que participaria do programa dominical, onde falaria sobre a busca pela idealização corporal, tema que se dedica há 10 anos, iniciado no seu doutorado em psicologia na USP. “Depois de tantos eventos, palestras, artigos científicos, livros e capítulos de livros sobre o tema, tenho a oportunidade de falar para um grande público”, postou. “Até que ponto estamos dispostos a usar dispositivos (dietas, cirurgias e procedimentos estéticos, remédios, entre outros) na busca por um corpo idealizado pela indústria das dietas, beleza e boa forma?”, questionou o especialista convidado, na sua publicação.
Em sua participação Dr. Rodrigo pontuou que na década de 1910, conforme mapeado em sua pesquisa, ocorreram fenômenos culturais, econômicos e sociais relacionados às mulheres, e remodela-las surgia como algo extremamente rentável. “Então começa ali um processo de criação de padrões”, apontou.
(Reprodução/Fantástico).
A forte presença de corpos sarados, em forma, nas redes sociais, cria uma rotulação e interfere no comportamento de muitas pessoas, que se veem influenciadas a reproduzir esses padrões, e passam a atuar sobre o próprio corpo. “A mulher emagrece no ambiente das redes sociais, mas também no ambiente real ela é enaltecida. Olha, você emagreceu, como você está bonita”, exemplificou Dr. Rodrigo. “Magreza atrelada, a sucesso, alegria, felicidade, jovialidade, sensualidade. É claro que eu quero ter aquele padrão também”, observa.
Ao final de sua participação na reportagem o especialista apontou riscos objetivos dessa idealização corporal. “Estamos criando uma massa de mulheres insatisfeitas com o próprio corpo. Isso tem riscos, como os transtornos alimentares, depressão, ansiedade entre tantos outros”, alertou. “É claro que a pressão recai exatamente sobre o diferente. O que o padrão faz? Ele silencia o diferente. Muitas vezes ele ridiculariza o diferente”, finalizou.