Cidades

Vereadores cobram informações sobre obra da passarela interditada na Joaquim Nabuco, em Adamantina

Local foi interditado dia 12 de fevereiro e teve obras iniciadas, agora paralisadas.

Por: Da Redação atualizado: 15:22
Obra iniciada em 17 de fevereiro, parada, na passarela junto ao viaduto da Rua Joaquim Nabuco (Siga Mais. 20/05/2025). Obra iniciada em 17 de fevereiro, parada, na passarela junto ao viaduto da Rua Joaquim Nabuco (Siga Mais. 20/05/2025).

A situação de uma das duas passarelas de pedestres localizada sobre os trilhos da ferrovia, integradas ao viaduto da Rua Joaquim Nabuco, em Adamantina, voltou a ser debatida na Câmara Municipal, durante a sessão legislativa desta segunda-feira (19).

Por meio do Requerimento nº 116/2025, os vereadores Daniel Fabri (Podemos) e Aguinaldo Galvão (Republicanos) solicitaram oficialmente à Prefeitura uma série de informações sobre o andamento das obras e providências relacionadas à estrutura, que se encontra interditada desde 12 de fevereiro deste ano.

Segundo o documento, a passarela foi fechada após a identificação de riscos estruturais, em medida anunciada pela administração municipal à época como necessária para garantir a segurança dos pedestres, especialmente crianças, idosos e trabalhadores que utilizam diariamente o local. 

(Foto: Siga Mais em 20/05/2025).

Apesar da interdição e de ações iniciais na passarela, como a remoção de placas do piso de travessia em 17 de fevereiro, os parlamentares destacam que nenhum avanço concreto foi observado desde então.

Um mês depois do início das obras, paralisadas, o Siga Mais questionou a Prefeitura de Adamantina. A administração respondeu que surgiram novas complexidades, o que exigiria estudos ampliados. “Devido à complexidade da obra e a necessidade de confecção de um projeto que requer o conhecimento técnico de profissionais que não constam no quadro de funcionários da Prefeitura de Adamantina, a Secretaria de Planejamento está analisando diferentes projetos”, informou a Prefeitura ao Siga Mais em reportagem publicada em 14 de março

(Foto: Siga Mais em 20/05/2025).

No mês seguinte, durante entrevista concedida por ocasião dos 100 primeiros dias de governo ocorrida na primeira quinzena de abril, o prefeito José Tiveron (NOVO) reconheceu a gravidade da situação e informou que uma equipe técnica havia sido mobilizada para elaboração de estudos estruturais e de um projeto definitivo. Conforme ainda ressaltado no Requerimento, foi anunciada a contratação de um profissional especializado, que teria realizado vistoria técnica no local.

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No entanto, os vereadores questionam não haver até o momento uma definição oficial sobre o início das obras, nem previsão de entrega da nova passarela à população. Mesmo havendo duas passarelas integradas ao viaduto, uma em cada sentido viário, nem todo o fluxo de pedestres ocorre pela estrutura com passagem liberada. É comum ver pedestres dividindo o espaço com a faixa de rolamento de veículos, expostos a acidentes. 

Além do pedido de informações sobre a passarela, o documento também pede informações sobre as condições da estrutura do viaduto, que diariamente recebe grande volume de tráfego.

O que os vereadores pedem no Requerimento

Diante dessa incerteza, os vereadores apresentaram oito questionamentos à Prefeitura, descritos no Requerimento:

  • Qual é o atual estágio do projeto técnico para a construção de uma nova passarela de pedestres no pontilhão da Rua Joaquim Nabuco?
  • Existe previsão formal para o início das obras? Em caso afirmativo, qual o cronograma estimado para sua execução e conclusão?
  • Qual o valor estimado para a execução do projeto? Já há previsão orçamentária definida?
  • O projeto elaborado será disponibilizado para consulta pública? Em caso positivo, solicitamos o envio de cópia integral do projeto ou, ao menos, de seu resumo técnico.
  • Houve notificação, laudo ou recomendação formal emitida pelo CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) a respeito da situação da passarela? Em caso afirmativo, solicitamos cópia do documento.
  • Considerando a relevância do trecho para a mobilidade urbana, especialmente para a população que transita a pé, quais medidas paliativas foram ou estão sendo adotadas para garantir a segurança e acessibilidade dos pedestres enquanto a nova passarela não é construída?
  • A estrutura da via destinada ao tráfego de veículos sobre o pontilhão encontra-se segura para uso? Foram realizados estudos técnicos ou laudos que atestem sua estabilidade? Em caso afirmativo, solicitamos cópia dos documentos técnicos correspondentes.
  • Por qual motivo apenas uma das passarelas foi interditada para manutenção? Existe estudo técnico que comprove a segurança estrutural da outra passarela ainda em uso? Em caso afirmativo, solicitamos cópia ou resumo técnico do laudo de vistoria. 

(Foto: Siga Mais em 20/05/2025).

Os vereadores alertam que a passarela é um elo essencial de mobilidade urbana em Adamantina. “A passarela em questão é um importante elo de mobilidade e segurança para a população adamantinense. A ausência de solução definitiva, somada à falta de informações objetivas por parte da administração, tem gerado justa preocupação entre os moradores. É dever do Poder Público manter a população informada sobre intervenções que impactam diretamente seu cotidiano e sua segurança”, encerra o Requerimento. Aprovado em sessão legislativa, o documento segue ao prefeito, que tem 10 dias para responder. 

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Passarelas têm 28 anos e já foram alvo do MP em 2019

A passarela é uma construção mista, posterior ao viaduto, e suportada por estrutura metálica, com pisos para travessia em placas de concreto. Inaugurada em dezembro de 1996, soma 28 anos. O viaduto, porém, foi construído bem antes, na fase áurea da ferrovia.

(Foto: Siga Mais em 12/02/2025).

Em 2019 as mesmas passarelas foram alvo de denúncias, acerca da segurança da estrutura. A Câmara Municipal e o Ministério Público foram acionados. Foi firmado um termo de ajustamento de conduta (TAC) entre a Promotoria local a e Prefeitura, visando comprometer o município a realizar as obras. 

(Foto: Siga Mais em 12/02/2025).

Na ocasião o problema estava centrado nas colunas metálicas que suportam a passarela, que apresentavam corrosão em sua base. A solução dada foi a concretagem dessas bases.  

Travessia de caminhões é proibida sentido bairro/centro

A travessia de caminhões é proibida pelo viaduto no sentido bairro/centro. Há placa que informa a proibição, porém é comum o flagrante de descumprimento da medida. A alternativa para caminhões é a passagem Roberto Romanini. 

(Foto: Fábio Chaves / @adtdrone).

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