Sindicato dos Servidores de Adamantina apresenta reivindicações ao Ministério da Saúde
Entre os pedidos, aumento do teto financeiro pago à Santa Casa e serviço de oncologia na cidade.
Adamantina recebeu na noite de quinta-feira (23) a visita do supervisor administrativo da Assessoria Especial de Assuntos Parlamentares e Federativos (ASPAR) do Ministério da Saúde, Humberto Tobé. Foi seu primeiro compromisso na cidade, na agenda de visitas a municípios da Nova Alta Paulista. A iniciativa objetiva de fortalecer o diálogo entre o Governo Federal e os gestores locais da saúde.
O encontro na noite de quinta-feira foi na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da Região de Adamantina, onde foram debatidos temas da saúde local, em especial voltados ao financiamento e custeio das ações, e incremento dos serviços.
O presidente do Sindicato, Nivaldo Martins do Nascimento, recebeu o convidado, onde também participaram servidores públicos de Adamantina e região, colaboradores, a secretária municipal de saúde de Adamantina, Elisabete Cristina Jacomasso Marquetti, e o vereador Cid Santos.
Durante reunião o Sindicato apresentou um documento com reivindicações voltadas à melhoria do atendimento em saúde para moradores do município e na microrregião. O ofício foi entregue ao assessor especial Humberto Tobé.
Encontro em Adamantina (Imagem: Siga Mais).
O documento, assinado pelo presidente do sindicato, Nivaldo Martins do Nascimento, apresenta duas principais solicitações. A primeira trata da correção do Teto Financeiro da Média e Alta Complexidade (MAC) repassado à Santa Casa de Misericórdia de Adamantina. Segundo o sindicato, o valor firmado entre o Ministério da Saúde e a instituição está defasado há vários anos, o que tem causado prejuízos à manutenção dos serviços hospitalares.
Conforme narra o documento, a Santa Casa atende, em média, seis mil pacientes por mês, provenientes de Adamantina e de outros dez municípios da microrregião, totalizando uma população de aproximadamente 150 mil pessoas. A defasagem nos repasses, conforme o documento, pode impactar diretamente o atendimento à população e comprometer o número de cirurgias realizadas mensalmente.
A segunda reivindicação trata da implantação de uma “porta de entrada” para pacientes oncológicos na Nova Alta Paulista, com estrutura mínima de atendimento composta por médicos oncologistas e equipamentos para quimioterapia e radioterapia. O serviço pode ser admitido no âmbito do Programa Agora Tem Especialista, conforme seus parâmetros.
O sindicato destaca que a microrregião de Adamantina registra uma das maiores incidências de câncer do país, e que a falta de suporte técnico local obriga pacientes a viajarem longas distâncias, em condições muitas vezes precárias, para receber tratamento em Jaú e Barretos. Segundo o texto, a situação é considerada “desumana” e prejudica o tratamento e a recuperação dos pacientes.
Encontro em Adamantina (Imagem: Siga Mais).
A entidade sindical defende que a implantação desse serviço seja incluída no Novo PAC do Governo Federal, como medida justa e humanitária, capaz de reduzir o sofrimento das famílias e garantir acesso mais digno ao tratamento oncológico na região.
Os pedidos recebidos pelo assessor Humberto Tobé serão encaminhados para avaliação junto ao Ministério da Saúde. O representante do órgão reiterou sobre a abertura de canais para apresentação das demandas e o aprofundamento das relações institucionais com os municípios, para fortalecer os serviços em saúde na região.