No Dia da Consciência Negra, mestre Sara inaugura novo espaço de capoeira em Adamantina
Novo espaço está localizado na Avenida Deputado Cunha Bueno, 1.728, Vila Industrial, em Adamantina.
No Dia da Consciência Negra, celebrado na última quinta-feira (20), a mestre capoeirista Sara Rocha, do Grupo de Capoeira Estrela da Barra, inaugurou seu novo espaço de capoeira em Adamantina. O evento de abertura reuniu praticantes e familiares. O local fica na Avenida Deputado Cunha Bueno, 1.728, Vila Industrial, próximo ao Parque Caldeira.
Meire Cunha e Mestre Sara (Cedida).
A mestre Sara atua com capoeira no município desde a década de 1990. O Grupo também conta com a participação de sua filha, a professora Suelen. Juntas, desenvolvem uma capoeira pedagógica e inclusiva, acolhendo públicos de todas as idades.
Ao inaugurar o novo espaço de aulas, o Grupo destacou a importância da data. “O Dia da Consciência Negra é um momento de reflexão e respeito. Seu objetivo é valorizar a luta, a força e o legado do povo negro, reconhecendo sua contribuição para a nossa história”, afirma.
Inauguração do novo Espaço de Capoeira (Cedida).
A mensagem da inauguração também reforça os ideais da capoeira e da própria data. “Neste 2025, celebramos a Consciência Negra em Adamantina reafirmando que igualdade, respeito e justiça são direitos de todos. A capoeira, símbolo de resistência e liberdade, também ganha destaque. Consciência Negra é memória, ação e celebração”.
Capoeira e Consciência Negra
A relação entre a capoeira e o Dia da Consciência Negra é profunda e simbólica. Nascida da resistência do povo negro escravizado no Brasil, a capoeira surgiu como forma de defesa, expressão cultural e afirmação de identidade. Muito além de uma prática esportiva, ela representa luta, ancestralidade e liberdade — valores diretamente ligados ao sentido da data celebrada em 20 de novembro.
Inauguração do novo Espaço de Capoeira (Cedida).
Inauguração do novo Espaço de Capoeira (Cedida).
Inauguração do novo Espaço de Capoeira (Cedida).
Com seus movimentos, cantos e ritmos, a capoeira preserva elementos de tradição africana que sobreviveram ao processo de escravização e seguem vivos graças à transmissão entre gerações. Ao mesmo tempo, promove inclusão, disciplina, respeito e convivência, fortalecendo laços comunitários.
Por isso, celebrar o Dia da Consciência Negra em um espaço dedicado à capoeira reforça a importância de reconhecer e valorizar o legado cultural afro-brasileiro. É uma oportunidade de lembrar que a história da capoeira é também a história da resistência negra — e que sua prática continua sendo um instrumento de educação, identidade e transformação social.