Adamantina sediou nesta segunda-feira (31) um encontro técnico, de cenários e soluções para questões ligadas a drenagem urbana, e os desafios relacionados a enchentes e alagamentos que afetam cidades da região. A programação enfatizou o papel dos profissionais técnicos, nas respectivas áreas envolvidas, para o desenho que apresente alternativas a esses ambientes críticos nas políticas públicas locais.

Com o tema “Estudos hidrológicos e sua relevância na drenagem urbana”, a agenda desta segunda-feira foi o primeiro encontro da parceria estratégica entre o Sistema Confea/Crea/Mútua e a Amnap (Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista). Assista conteúdo especial sobre o evento.

(Foto: Siga Mais). (Foto: Siga Mais). (Foto: João Vinícius Faustino/Da Assessoria). 

O evento reuniu mais de 70 participantes, entre secretários municipais, vereadores, estudantes e profissionais da área tecnológica, para debater soluções técnicas voltadas à drenagem urbana, um dos desafios enfrentados pelas cidades da região. Participaram representantes de Lucélia, Caiabu, Junqueirópolis, Mariápolis, Osvaldo Cruz, Parapuã e Adamantina.

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A iniciativa busca aproximar os agentes de solução dos gestores públicos, oferecendo suporte técnico do Confea (Conselho Federal de Engenharia) para o aprimoramento das questões ambientais e urbanísticas. 

(Foto: João Vinícius Faustino/Da Assessoria). (Foto: João Vinícius Faustino/Da Assessoria). (Foto: João Vinícius Faustino/Da Assessoria). 

Outros dois encontros estão programados para aprofundar discussões sobre questões que impactam diretamente a infraestrutura urbana e a qualidade de vida da população.  "Nosso objetivo como profissionais técnicos é demonstrar a importância de projetos de drenagem urbana no planejamento municipal. A falta dessas iniciativas resulta em danos significativos para os municípios. Além disso, há outras questões igualmente relevantes que precisam ser debatidas, como a arborização urbana, que interfere diretamente na vida dos cidadãos", ressaltou o conselheiro federal e engenheiro Daniel Robles.

Repercussão

"Para o Legislativo, é essencial compreender profundamente os problemas do município e identificar as melhores soluções, tanto a curto quanto a longo prazo. Também é fundamental conhecer os programas oferecidos pelos governos estadual e federal para atender a essas demandas. O encontro abordou essas questões de forma técnica, apresentando soluções concretas para a drenagem urbana", destacou o vereador de Mariápolis, Leonardo Rodrigues.

(Foto: João Vinícius Faustino/Da Assessoria). (Foto: João Vinícius Faustino/Da Assessoria). 

O evento também contou com a participação de estudantes do curso de engenharia civil do Centro Universitário de Adamantina. "A palestra sobre recursos hídricos e bacias hidrográficas foi enriquecedora e estimulou reflexões sobre a sustentabilidade da água. Para nós, universitários, encontros técnicos como este são essenciais, pois ampliam nosso conhecimento, nos conectam a profissionais experientes e nos preparam para os desafios futuros", afirmou o estudante Estevão Citeli. 

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Os palestrantes

Dois profissionais convidados pelos organizadores expuseram sobre o tema. Um dos palestrantes foi o engenheiro ambiental e agrônomo Renan Zambianqui. “O estudo hidrológico busca minimizar os impactos ambientais e urbanos causados por problemas relacionados à precipitação. Compreender que a solução para uma enchente, por exemplo, vai além da simples análise da capacidade de vazão de galerias pluviais – envolvendo também abordagens climáticas, análises da morfologia do terreno, do uso e ocupação das áreas, bem como do zoneamento do território – é essencial para promover um planejamento mais eficaz e seguro para todos”, explica.

(Foto: Siga Mais). (Foto: Siga Mais). 

O encontro também contou com a participação do geólogo Emílio Carlos Prandi. Possui graduação em geologia pela Universidade Federal do Paraná (1981), mestrado em geotecnia pela Universidade de São Paulo (1996) e doutorado pela Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (Unesp de Rio Claro – 2010). Atuou como engenheiro no Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo de 1982 até 2022. Seu doutorado em geociências e meio ambiente discute a gestão integrada das águas do sistema aquífero Bauru nas bacias hidrográficas dos rios Aguapeí e Peixe.

Após a exposição dos convidados foi aberto um espaço de interação, com perguntas do público.