Santa Casa de Adamantina é aprovada por Comissão Nacional para oito vagas em residência médica
São quatro vagas iniciais (R1) e mais quatro em 2027 (R2), totalizando oito médicos.
A Santa Casa de Adamantina, administrada pela Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus, recebeu nesta quarta-feira (3) a comunicação oficial da Comissão Nacional de Residência Médica, do Ministério da Educação (MEC), que aprovou – sem ressalvas – o credenciamento do hospital para oito vagas em residência de clínica médica, sendo quatro de R1 (primeiro ano) e quatro de R2 (segundo ano).
Na prática, a decisão autoriza a instituição a ofertar vagas de especialização, permitindo que médicos desenvolvam sua formação em clínica médica. A residência médica é uma modalidade de pós-graduação regulamentada pelo MEC e pelo Ministério da Saúde, que funciona em regime de treinamento em serviço, com dedicação exclusiva e carga horária intensa.
Durante o programa, os residentes atuam em hospitais credenciados – como passa a ser a Santa Casa de Adamantina – sob supervisão de profissionais experientes. Essa imersão possibilita contato direto com pacientes, situações de emergência e rotinas hospitalares, consolidando conhecimentos teóricos e habilidades práticas.
O credenciamento traz reflexos imediatos, já que amplia o corpo clínico do hospital. Inicialmente serão ofertadas quatro vagas, e outras quatro a partir de 2027, totalizando oito. A conquista é considerada estratégica para que a instituição obtenha, futuramente, o selo de Hospital de Ensino e amplie a integração entre prática assistencial e ensino médico, em parceria com o Centro Universitário de Adamantina (FAI).
Para alcançar a aprovação, a Santa Casa passou por avaliação rigorosa da Comissão Nacional de Residência Médica, que inspecionou estrutura, equipamentos, instalações e demais recursos da instituição. O relatório final embasou a decisão, acolhida integralmente pelo órgão nacional.
Impacto nos atendimentos e caminho para o Hospital de Ensino
O diretor administrativo da Santa Casa de Adamantina, Renato Sobral, destaca que o processo foi iniciado em 2023, com o cadastramento da proposta. “Essa conquista é uma das etapas, um dos passos para que a gente alcance o título de Hospital de Ensino”, afirmou.
Segundo ele, a residência médica é um dos requisitos para a obtenção desse reconhecimento. “Estamos muito felizes. Foi um trabalho de equipe, todo mundo se empenhou bastante para que a gente alcançasse essa aprovação”.
Renato também recorda os desafios assumidos em 2018, quando a Associação Lar São Francisco de Assis assumiu a gestão da unidade, e projeta ganhos expressivos. “Graças a Deus conseguimos essa conquista, que vai auxiliar muito. São profissionais já formados atuando dentro do hospital em busca do título de especialista. Isso com certeza vai impactar na saúde da região e na qualidade assistencial do hospital. Estamos bem otimistas”, destacou.
Com a aprovação, a Santa Casa já se organiza para iniciar o programa, que poderá receber médicos residentes de qualquer parte do país. “A equipe vai trabalhar com dedicação para que esses profissionais estejam bem acomodados e tenham o melhor que pudermos oferecer”, reforça.
Ao final, Renato agradeceu às instituições parceiras. “A FAI apoiou bastante esse processo e, quem sabe, egressos da universidade possam ocupar essas vagas, fortalecendo a saúde regional, que é o objetivo nosso, da universidade e da Prefeitura. Agradecemos a todos os envolvidos – FAI, Prefeitura e Associação São Francisco – que se empenharam nesse processo”, concluiu.
Criada no Brasil em 1944, a residência médica é considerada o padrão-ouro na formação de especialistas, por unir ensino, prática assistencial e pesquisa. Além de qualificar os profissionais, contribui para o fortalecimento do sistema de saúde, já que os residentes desempenham papel fundamental no atendimento em hospitais públicos e universitários.