Em nova publicação nas redes sociais na noite desta sexta-feira (29), o perfil do adamantinense Alexandre Borsuk, em conjunto com sua esposa Flávia Borges, atualizou sobre avanços no tratamento contra um câncer severo e a aquisição do segundo lote de medicamentos, o que foi possível após ampla mobilização nas redes sociais em busca de doações. Ao todo, a campanha reuniu os R$ 120 mil para compra das doses.

Na publicação desta sexta-feira, o perfil do casal na rede social informou sobre o andamento do tratamento iniciado por Alexandre no começo de agosto quando foram adquiridas as doses iniciais de dois medicamentos de alto desempenho, Tafinlar e Mekinist, e destaca avanços com a melhora do paciente.

O conteúdo traz imagem do casal e suas filhas, do medicamento e nota fiscal, com o propósito, também, de trazer transparência em razão da ampla colaboração dos doadores. Veja a íntegra da postagem:

“Quero agradecer de coração a todos que nos ajudaram na vaquinha online para o tratamento do meu esposo, Alexandre.

Com a ajuda de vocês, conseguimos arrecadar R$ 120 mil, valor necessário para custear os dois meses de medicação (R$ 60 mil por mês).

Graças a essa corrente de amor e solidariedade, o Alexandre já iniciou o tratamento, teve uma melhora surpreendente e hoje conseguimos comprar a segunda dose da medicação.

Tudo isso só foi possível porque muitos se uniram em fé, esperança e generosidade. Que Deus abençoe grandemente cada um que contribuiu ou compartilhou. Vocês fazem parte dessa vitória!

Com gratidão,

Flavia e Alexandre”.

Os medicamentos de alto custo são utilizados no tratamento chamado “Terapia Alvo”, indicado pelo Hospital do Amor de Barretos para combate e contenção da doença. Esse protocolo de imunoterapia ainda não é coberto pelo SUS. Em paralelo à busca por doações a família também ingressou com medida judicial pleiteando o tratamento.

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Saiba mais

Dois medicamentos de alta complexidade vêm sendo utilizados com eficácia no tratamento de determinados tipos de câncer com mutação no gene BRAF: Tafinlar (mesilato de dabrafenibe) e Mekinist (dimetilsulfóxido de trametinibe). Ambos são produzidos pela farmacêutica Novartis e representam avanço no combate a tumores agressivos, como o melanoma metastático e alguns casos de câncer de pulmão de células não pequenas.

O Taflinar atua como inibidor seletivo da proteína BRAF, responsável por estimular o crescimento descontrolado das células tumorais quando há mutação nesse gene. Já o Mekinist é um inibidor de MEK, outra proteína da via de sinalização celular ligada à proliferação de células cancerígenas. Juntos, eles formam uma terapia combinada que bloqueia de forma mais eficaz a cascata de sinais que alimenta o crescimento do tumor.

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A combinação de dabrafenibe e trametinibe demonstrou aumentar significativamente a sobrevida global e a resposta ao tratamento em comparação com a quimioterapia convencional, além de reduzir o risco de progressão da doença.

Por serem medicamentos de alto custo e uso restrito, Taflinar e Mekinist são fornecidos apenas com prescrição médica e acompanhamento especializado. No Brasil, muitas vezes os pacientes recorrem à Justiça ou programas de acesso de laboratórios e governos para conseguir os medicamentos, fundamentais para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida.