Wagner José Alves, popular “Baduca”, foi preso em 30 de maio do ano passado em seu bar, na Rua Mato Grosso, no Jardim Brasil, sob acusação de tráfico de drogas. Na época, o caso foi noticiado pelo Siga Mais, porém sem a sua identificação.

No dia 30 de maio de 2018 a PM chegou até ele a partir de denúncia anônima que informava sobre a prática de tráfico de drogas no bar de sua propriedade, e que a droga estaria escondida em um cesto e lixo. Chegando ao local, a PM encontrou 10 pedras de crack junto ao cesto lixo, disposto do lado de fora do balcão (reveja), levando Baduca à prisão.

Atualmente, ele cumpre pena na Penitenciária de Dracena. De lá, enviou carta aos familiares, na primeira quinzena de janeiro deste ano, onde faz um desabafo. (Continua após a publicidade...)

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A carta tem duas páginas, escritas de próprio punho (veja abaixo), onde se diz inconformado com a denúncia e sobretudo com as dimensões que o caso tomou. “Embora eu esteja com minha consciência em paz de que jamais me envolvi nisso, não consigo deixar de ficar indignado de saber que, se realmente houve essa denúncia, alguém anonimamente quis me prejudicar e conseguiu”, escreve.

Segundo escreveu, a droga encontrada no cesto do lixo pesou 1,79 gramas. “Mesmo assim fui considerado pela Justiça como um grande traficante desta cidade”, disse. “Pode até ser que exista várias denúncias de tráfico de drogas, porém essas possam ser nas imediações do Bar do Baduca, mas nunca pelo Baduca”, completou.

Ao final da carta, o homem preso agradece familiares e amigos pelo apoio e diz que a verdade virá à tona. “Quem me prejudicou vai ter que se explicar pra Justiça, porque a verdade prevalecerá”, encerra.

 Leia a íntegra da carta:

“Mensagem do Baduca

Meus amigos, não sei e é do conhecimento de todos, mas em 30/05/2018, a Polícia Militar desta cidade recebeu uma denúncia anônima de que, em um cesto de lixo do lado de fora do balcão do Bar do Baduca estava sendo guardado drogas e que, essas drogas pertenciam ao Baduca.

Por causa disso me encontro preso e, quem me conhece e convive com minha pessoa sabem o quanto eu vivia proibindo não só o consumo de drogas quando o comércio nas dependências interna e externa do Bar do Baduca.

Infelizmente, hoje me encontro preso e considerado um traficante pela Justiça que alegaram que eu tinha várias denúncias de tráfico.

Embora eu esteja com minha consciência em paz de que jamais me envolvi nisso, não consigo deixar de ficar indignado de saber que, se realmente houve essa denúncia, alguém anonimamente quis me prejudicar e conseguiu.

E é estarrecedor saber que essa pessoa me prejudicou com apenas 1 (uma) grama e 79 (setenta e nove) miligramas de crack distribuídos em 10 envelopes, e, mesmo assim fui considerado pela Justiça como um grande traficante desta cidade.

Não tenho vergonha de levar essa situação a público, por minha consciência estar tranquila, e, a sociedade me conhece  e sabem que eu jamais me envolvi nisso, deve saber que a Justiça preferiu prender um inocente para dar uma falsa satisfação à sociedade de que vem cumprindo seu papel do que determinar uma investigação imparcial para localizar quem quis me prejudicar.

Quanto a isso, estou solicitando das autoridades competentes as transcrições dessas denúncias anônimas para provar que não existem “as várias denúncias” de que eu exercia comércio de drogas nesta cidade, por que, onde não há fogo, não há como ter fumaça. Se eu não exercia a traficância não há como existir denúncias dessas naturezas específicas ao Baduca.

Pode até ser que exista várias denúncias de tráfico de drogas, porém essas possam ser nas imediações do Bar do Baduca, mas nunca pelo Baduca.

Agradeço todos meus amigos e familiares pela torcida e digo: logo logo a verdade vai vir à tona. Quem me prejudicou vai ter que se explicar pra Justiça, porque a verdade prevalecerá.

Um forte abraço do Baduca” (Conforme o original).