A Polícia Civil de Panorama prendeu em flagrante nesta segunda-feira (1º) uma mulher de 37 anos, após ela enviar um vídeo em que aparece ameaçando de morte a própria filha, menor de idade, fruto do relacionamento anterior com seu ex-companheiro. O material foi encaminhado a uma tia da criança, que, ao constatar a gravidade da situação, procurou imediatamente o Conselho Tutelar.

No vídeo, conforme a Polícia Civil, a suspeita aparece segurando uma faca encostada no pescoço da vítima, proferindo ameaças contra a criança. Diante disso, conselheiras tutelares se dirigiram à Delegacia de Polícia de Panorama, relatando o ocorrido.  

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Com base nas informações recebidas e diante do risco iminente, policiais civis e conselheiras tutelares se deslocaram até a residência da suspeita.

Delegacia da Polícia Civil de Panorama (Cedida/Polícia Civil).

No local, a mulher foi encontrada e confessou o ato, afirmando estar arrependida. Ela declarou que manteve relacionamento com o pai da criança por sete anos, estando separada há três, e relatou desentendimentos relacionados ao valor da pensão alimentícia. Segundo a investigada, a gravação teria sido feita para “chamar a atenção” do ex-companheiro. Durante a diligência, os policiais apreenderam uma faca com resquícios de uma substância avermelhada, possivelmente utilizada para simular sangue.

A suspeita foi conduzida à Delegacia de Polícia de Panorama, onde foi autuada em flagrante pelo crime de ameaça (artigo 147 do Código Penal), praticado no contexto de violência doméstica e familiar contra criança e adolescente, conduta agravada pela aplicação da Lei nº 14.344/2022 (Lei Henry Borel).   

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Em depoimento, a mulher alegou que teria combinado previamente a gravação com a filha, negando intenção real de feri-la. A criança foi encaminhada ao Conselho Tutelar, que adotará as medidas de proteção e acompanhamento cabíveis. A investigada permanece presa e será apresentada em audiência de custódia, ficando à disposição da Justiça.

Mulher usou corante vermelho na faca (Cedida/Polícia Civil).

A Lei Henry Borel foi criada para reforçar a proteção de menores de 18 anos contra a violência doméstica e familiar, tornando esses crimes inafiançáveis, permitindo medidas protetivas imediatas e prevendo penas mais severas para agressores.