Polícia

Policiais Civis de Adamantina e região prendem em Goiânia grupo que aplicava golpes pelo WhatsApp

Cerca de 2 mil pessoas tenham sido vítimas do grupo em todo o país, com prejuízo de R$ 3 milhões.

Por: Da Redação atualizado: 9 de abril de 2022 | 14h48
Policiais Civis da região de Adamantina atuaram na operação interestadual contra organização criminosa (Divulgação/Polícia Civil). Policiais Civis da região de Adamantina atuaram na operação interestadual contra organização criminosa (Divulgação/Polícia Civil).

A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (5), 29 pessoas no estado de Goiás suspeitas de participar de golpes por aplicativo de mensagens. Estima-se que cerca de 2 mil pessoas tenham sido vítimas do grupo em todo o país e que o prejuízo seja de R$ 3 milhões.

“É um golpe aplicado tipicamente no WhatsApp. Eles substituíam a fotografia de pessoas, entravam em contato com seus familiares e amigos dizendo que tinha trocado o número. Essas pessoas [vítimas] apagam o número correto, gravam o número desses criminosos e eles [golpistas] passam a solicitar valores e, inclusive, empréstimos. São valores altíssimos”, disse o delegado Pablo França.

Ao todo, foram cumpridos 41 mandados de prisões preventivas e 56 mandados de busca, além de bloqueio e sequestro de bens e valores.

Segundo a polícia, a maior parte do grupo criminoso mora em Goiás, mas aplicava o golpe em pessoas principalmente de São Paulo, onde há o registro de 604 vítimas.

Os suspeitos serão indiciados pelo crime de estelionato eletrônico falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Os presos foram encaminhados a Delegacia de Capturas de Goiânia e permanecem a disposição da justiça.

A operação foi deflagrada simultaneamente pela Polícia Civil de Roraima, Minas Gerais, Pará, Goiás e São Paulo, com a  participação de 70 Policiais Civis da área do Deinter 8, da região de Presidente Prudente.

Investigação começou em agosto do ano passado

Segundo a Polícia Civil, as investigações sobre os crimes foram desencadeadas pela 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da DEIC 8, de Presidente Prudente. A DIG, após ser procurada por vítima prudentina informando prejuízo de R$ 34.391,00, em 11 de agosto de 2021, instaurou inquérito policial e passou a investigar o fato. Em pouco tempo, vislumbrou que, em verdade, não se tratava de caso isolado. Mas, outras dezenas de vítimas foram sendo catalogadas como pagantes enganadas pela mesma fraude eletrônica.

Desta maneira, considerando o relevante número de casos idênticos verificados em registros de vítimas pela cidade de Presidente Prudente e região, além, anunciados em redes sociais que se multiplicaram com o tempo da investigação e o anúncio do mesmo crime e prejuízos, tudo foi encaminhado ao Seccold (Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro) para análise precedente e emissão de relatório técnico.

Com sete meses de ações de inteligência, em atos legítimos autorizados pela Justiça competente e pareceres favoráveis do Ministério Público paulista, com os cruzamentos de informações em fontes abertas e fechadas, em tese, houve o desvendamento dos crimes que possibilitou a representação cautelar policial, todas deferidas, que subsidiou o deferimento dos 41 mandados de prisões preventivas, 56 mandados de buscas domiciliares, e ainda bloqueios e sequestros de contas cadastradas em 41 CPF’s, além, de uma dezena de sequestros de contas em cripto ativos.

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Operação deve esclarecer 600 crimes em SP

A operação realizada nesta terça-feira buscou desarticular possível organização criminosa distante do Estado de São Paulo, predominantemente em Goiás, que utilizava a fraude eletrônica, primeiro, obtendo fotografia em rede social e aplicativo de mensagem de vítimas para, depois, em busca e auxílio de outros criminosos digitais (com o cruzamento de informações) entrar em contato com familiares próximos (amigos, sócios, etc, todos pesquisados em redes sociais) informando a troca de prefixo telefônico (em chip cadastrado com a foto do conhecido) e, após, solicitando valores sob alegação de problema no aplicativo bancário. Parte dos contatados fazem o pagamento e, apenas depois do encontro com os entes reais, descobrem o crime.

Orientações antes da operação a campo (Divulgação/Polícia Civil).

Com o grupo - que se beneficiou de soma que pode superar a R$ 3 milhões nos últimos meses –, e mediante a operação desta semana, a polícia busca a identificação de outros comparsas, bem como novas vítimas e patrimônio ocultado no branqueamento de capital.

Todos os suspeitos presos permaneceram nos Estados de origem e serão indiciados dez vezes – entre consumados e tentados – pela prática do crime de estelionato eletrônico, falsidade ideológica, falsa identidade, integrar organização criminosa, além do ilícito de lavagem de dinheiro.

Apenas no Estado de São Paulo será possível o esclarecimento de pouco mais de 600 fatos criminosos registrados nas cidades paulistas, além de centenas ocorridas em outros Estados da Federação. 

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