Polícia

Polícia Civil cumpre mandados e desmonta quadrilha que fraudava vestibulares de medicina na região

Quadrilha atuou em vestibulares de medicina em Assis e Dracena.

Por: Da Redação
Apreensão realizada pela Polícia Civil de SP em Capina Grande, na Paraíba (Cedida). Apreensão realizada pela Polícia Civil de SP em Capina Grande, na Paraíba (Cedida).

Após deflagração da “Operação Asclépio” em abril do ano passado (relembre), a Polícia Civil de Assis realizou novas investigações identificando os “pilotos” da 1ª fase, ou seja, aqueles que efetivamente realizaram as provas do vestibular de medicina da FEMA (Fundação Educacional do Município de Assis).

Segundo a Polícia Civil, a investigação teve início com a denúncia da própria FEMA, que foi informada pela VUNESP, empresa responsável pelo vestibular para ingresso no curso de medicina, que as impressões digitais de cinco candidatos inscritos no vestibular apresentavam inconsistências.

De acordo com a investigação, foi possível apurar que a fraude no vestibular consistiu na realização da prova por terceiras pessoas, que se identificaram como sendo os verdadeiros candidatos, denominados pela organizadora do certame como “pilotos”, os quais assinaram as listas de presença, as folhas de respostas, assim como tiveram coletadas suas impressões digitais e captadas suas imagens durante a realização da prova do vestibular.

Com o auxílio do IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt), da cidade de São Paulo, foram realizadas perícias técnicas nos documentos apresentados e num primeiro momento ninguém foi identificado. Nessa etapa foi possível confirmar apenas que os verdadeiros candidatos não realizaram as provas.

Somente com diligências nos Institutos de Identificações dos outros Estados e do Instituto de Identificação Nacional foram identificados os cinco “pilotos” que realizaram as provas no lugar dos candidatos. Eles possuem formação em curso superior de medicina, exercendo suas funções em postos de saúde nas imediações de suas residências.

Os “pilotos” fazem parte de uma organização criminosa especializada em fraudar vestibular de ingresso ao concorrido curso de medicina. Em outro momento da investigação outros quatro “pilotos” foram identificados, totalizando nove, nessa atribuição, no esquema.

A investigação identificou o “mentor” da organização, que atuava como elo entre os “captadores” dos alunos interessados nas vagas e os “pilotos”, aqueles que realizavam as provas. Um dos captadores foi preso na primeira fase da operação. O integrante responsável pela falsificação dos documentos também foi identificado.

Assim, decorrida a investigação, a Policia Civil do Estado de São Paulo representou pela concessão de 22 mandados de buscas domiciliares e 12 mandados de prisão temporária, concedidas pelo Poder Judiciário, e estão sendo cumpridas desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (2) nas cidades paulistas  São Paulo e Ribeirão Preto (SP), e  em outros estados nas cidades de Natal e Mossoró (RN), Juazeiro do Norte (CE), Campina Grande (PB) e Montes Claros (MG).

Grupo cobrava R$ 80 mil para realizar vestibular no lugar do candidato

De acordo com a Polícia Civil, a investigação apurou, também, indícios de a organização criminosa ter atuado, além do vestibular da FEMA, nos certames dos cursos de medicina das faculdades Unicesumar - Centro Universitário de Maringá (PR), UNIFIP - Centro Universitário de Patos em João Pessoa (PB), FMABC - Faculdade de Medicina do ABC em Santo André (SP), FITS - Faculdade Integrada de Tiradentes, em Jaboatão dos Guararapes (PE) e Unifadra - Faculdades de Dracena (SP). 

Pelo esquema, o “captador” recebia do candidato ou seu familiar, o valor de R$ 80 mil, com esse valor ele pagava R$ 30 mil ao “intermediário”, e este repassava R$ 25 mil ao “piloto”.

A operação e andamento nesta quarta-feira é denominada Asclepio e Veritas, onde “Asclepio” é o Deus da Medicina e “Veritas” uma expressão em latim que faz referência ao trabalho na busca da verdade, no caso uma demonstração da Polícia Civil do Estado de São Paulo de como os fatos realmente ocorreram, como foi feito o vestibular e ingressaram no curso de medicina.

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