Polícia

Olaria em Indiana é multada em R$ 769 mil pela PM Ambiental por depósito clandestino de xaxim

Foram encontrados 1,3 tonelada de xaxim e 1.270 vasos e estacas do mesmo produto.

Por: Da Redação atualizado: 3 de abril de 2023 | 14h24
Parte das 1.270 peças em estacas e vasos apreendidas em Indiana (Divulgação/PM Ambiental). Parte das 1.270 peças em estacas e vasos apreendidas em Indiana (Divulgação/PM Ambiental).

Uma olaria em Indiana foi autuada pela Polícia Militar Ambiental em R$ 769.365,00 por depósito clandestino de xaxim. O produto de origem vegetal se licença foi encontrado pelos policiais neste sábado (1).

Conforme a PM Ambiental, no local foram encontrados 1.294,55 kg de xaxim e 1.270 unidades de vasos/estacas de xaxim. Os  produtos não tinham documentos de origem florestal.

Apreensão de xaxim em Indiana (Divulgação/PM Ambiental).

Diante do constatado foi lavrado em desfavor do proprietário um Auto de Infração Ambiental (AIA) no valor de R$ 769.365,00 por ter em depósito produto de origem florestal  sem licença válida para todo tempo do armazenamento, com base no Artigo 47, parágrafo 1° da Resolução  SIMA N° 05/2021. 

Os produtos da flora foram apreendidos e estão à disposição da Justica na sede da Polícia Ambiental em Presidente Prudente.

Xaxim é uma planta nativa

Segundo o site a Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, o Xaxim  é uma planta grande, cujo nome científico é Dicksonia sellowiana, e que pode alcançar até 10 metros de altura. É uma espécie nativa da Mata Atlântica e América Central. Apesar de ser uma das espécies vegetais mais antigas, contemporânea dos dinossauros, o xaxim é uma espécie ainda bastante desconhecida para a ciência.  Em tupi é chamada de “Samambaiaçu”, que significa “samambaia grande”. 

(Reprodução).

 

Fruto das florestas primitivas, conseguiu sobreviver a todas as adversidades climáticas (do período jurássico aos dias de hoje – 150 milhões de anos), sendo hoje considerado um verdadeiro fóssil vivo das florestas pré-históricas. Sua presença era abundante na Serra do Mar, do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul, habitando os locais bem úmidos.   

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Seu tronco (cáudice) é fibroso, ereto, espesso, poroso e excessivamente leve, especialmente quando seco.  Envolvido e sustentado por uma massa de raízes adventícias (que se desenvolvem a partir do caule e não da raiz embrionária), o xaxim é usado como suporte para o cultivo de outras plantas. Na verdade, o tronco é uma raiz que se ergue suportando as folhas, e esse “tronco” é cortado em forma de vasos, placas ou desfibrado, criando um substrato para o crescimento de outras plantas, como orquídeas.

Apreensão de xaxim em Indiana (Divulgação/PM Ambiental).

A comercialização excessiva acabou tornando o xaxim uma espécie ameaçada, entrando nos anos 1990 para a lista oficial das espécies brasileiras ameaçadas de extinção.

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Além da extração ilegal da planta, o grande problema é que o xaxim leva muito tempo para crescer – aproximadamente vinte anos para crescer 50 cm. Quando retirada de seu habitat natural e plantada em lugares inadequados, pode morrer rapidamente.

Atualmente, a extração, a industrialização e a comercialização, são proibidas por lei, pela resolução Conama nº 278, de 24 de maio de 2001.  

Artigo 1º: determina a proibição do corte e a exploração de espécies ameaçadas de extinção em populações naturais do bioma Mata Atlântica.’

Apreensão de xaxim em Indiana (Divulgação/PM Ambiental).

Vários estados do Brasil já adotaram medidas para proibição da industrialização e comercialização do xaxim, como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo.

Como alternativa ao uso do xaxim se comercializam vasos e placas feitos com a fibra do coco verde reciclado, cana de açúcar e nó de pinheiro.

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