Polícia

Mulher presa por perturbar a PM fez mais de 31 mil ligações em 515 dias: 60,7 telefonemas por dia

Após audiência de custódia, mulher foi transferida para a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista.

Por: Da Redação | Com informações do G1 Presidente Prudente atualizado: 2 de junho de 2022 | 17h41
COPOM ? Centro de Operações da Polícia Militar, que centraliza os chamados 190 da região (Foto: Polícia Militar). COPOM ? Centro de Operações da Polícia Militar, que centraliza os chamados 190 da região (Foto: Polícia Militar).

A mulher presa nesta terça-feira (31) em Tarabai, pela Polícia Civil, até então acusada de ter feito mais de 3 mil ligações infundadas e de perturbação ao telefone de emergência 190, da Polícia Militar, pode ter sua situação agravada com um novo levantamento feito pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom).

Segundo divulgou o G1 nesta quarta-feira (1) foram mapeadas pelo Copom 31.304 ligações telefônicas ao número de emergência 190 durante o período de 1º de janeiro de 2021 a 30 de maio de 2022, atribuídas à mulher presa, o que representa uma média de 60,78 telefonemas por dia, ao 190. Os novos dados são dez vezes mais o volume inicial divulgado pela Polícia Civil.

Conforme o relatório do Copom, as chamadas ao 190, feitas pela mulher, foram originadas de três números diferentes de celulares, durante 515 dias. À mulher também é atribuída a autoria de mais de 300 telefonemas à Delegacia da Polícia Civil de Tarabai.

Entrevistado pelo G1, o delegado Rafael Guerreiro Galvão, responsável pelas investigações, lembrou que a mulher já era alvo decisão judicial que a proibia de fazer as ligações ao 190. A decisão se deu em curso do inquérito policial instaurado para investigar a sua conduta.

O delegado representou na Justiça pela decretação de medida adversa à prisão, que a proibisse de realizar as ligações, concedida pelo Poder Judiciário. Mesmo assim, continuou a realizá-las, o que levou à sua prisão.

Após a determinação judicial obtida mediante representação da autoridade policial, a mulher passou, segundo Galvão, a ligar para a delegacia e ofender os policiais. “Ela ia à delegacia e xingava os policiais, desacatava, ameaçava, principalmente, quando eram policiais mulheres, ela gostava de ameaçar ainda mais”, descreveu o delegado. “Ela sempre quis xingar policiais. Ela sempre teve esse problema. Xingava policiais, desacatava, ameaçava, muito antes dessas ligações, tanto é que ela não podia nem se aproximar da delegacia. Então, ela sempre demonstrou ódio a policiais civis e militares da cidade”, continuou.

Ainda ao G1, Rafael Galvão analisou o comportamento da mulher. “Avalio como algo totalmente anormal, patético e bizarro”.

Prisão mantida

Na manhã desta quarta-feira a mulher presa foi submetida à audiência de custódia, em Presidente Prudente. A prisão preventiva foi mantida pela Justiça, sendo a mesma transferida para a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista.

A mulher deverá responder pelo crime de atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública, previsto no artigo 265 do Código Penal. A lei estipula uma pena de reclusão, de um a cinco anos, e multa para quem atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública.

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