Em Tarabai, PolÃcia Civil prende mulher após mais de 3 mil ligações infundadas ao 190
Moradora ligou mais de 3 mil vezes ao 190 e desobedeceu ordem judicial para que cessasse a prática.

Uma mulher de 42 anos, moradora em Tarabai – cidade de 7,5 mil habitantes na região de Presidente Prudente – foi presa preventivamente neta terça-feira (31) em sua cidade, pela Polícia Civil, por crime de atentado contra serviço de utilidade pública. Segundo o delegado Rafael Guerreiro Galvão, ela foi presa após realizar mais de 3 mil ligações infundadas ao telefone de emergência 190, da Polícia Militar.
A prisão preventiva da mulher ocorreu após mandado judicial expedido pelo Poder Judiciário da Comarca de Pirapozinho. Antes da prisão, a mulher havia descumprido determinações judiciais que proibiam que realizasse ligações infundadas ao serviço policial.
De acordo com nota à imprensa expedida pela Polícia Civil na tarde de hoje, o caso foi levado à Delegacia da Polícia Civil de Tarabai pelo comando da PM da cidade, informando sobre a conduta da mulher. A ida da PM à Polícia Civil se deu após contabilizadas cerca de 800 ligações para o serviço de prontidão 190, causando uma série de embaraços para a atividade policial, uma vez que nada de concreto e/ou criminoso era levada aos policiais militares de plantão. A conduta da mulher evidenciou, na perspectiva da Polícia Civil, o dolo em apenas turbar o trabalho policial.
Assim, ao reconhecer evidente turbação aos trabalhos de utilidade pública realizados pela Polícia Militar, o delegado representou inicialmente por medida cautelar diversa da prisão, proibindo que a autora dos fatos delituosos realizasse mais ligações ao serviço de telefonia da força pública policial.
A medida cautelar foi deferida pelo juízo da Comarca de Pirapozinho. Porém, mesmo assim, outras cerca de 1.000 ligações foram feitas pela mulher.
Após isso, o delegado de polícia fez nova representação ao Poder Judiciário, desta vez proibindo que a investigada fizesse uso de sua linha telefônica e ainda proibindo que as operadoras de telefonia habilitassem chips em nome da criminosa. Mesmo assim, no mês de março, aproximadamente 800 ligações foram feitas ao serviço de utilidade pública 190, o que levou o a autoridade da Polícia Civil a representar pela prisão preventiva da moradora.
O pedido de prisão preventiva teve a concordância do Ministério Público Estadual, o que resultou na decretação da medida judicial, cuja prisão foi cumprida nesta terça-feira por policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil de Tarabai.
A mulher foi detida na presença e coordenação de uma escrivã policial feminina e encontra-se em cárcere, e à disposição da Justiça, onde será submetida a audiência de custódia.
Na nota à imprensa, o delegado Rafael Guerreiro Galvão reiterou o alerta as demais cidadãos, e as implicações dessa prática criminosa. “É muito importante que a população respeite os serviços públicos emergenciais postos à disposição dos cidadãos e munícipes e fiquem cientes de que qualquer violação é passível de rápida investigação/detectação do usuário que está turbando as investigações, o que pode levá-los à responsabilização criminal”.