Depois do Universitário, PM leva Vizinhança Solidária ao Dorigo e San Miguel
PM estimula a atuação pactuada e organizada da comunidade, com foco na segurança pública.

Após um ano de implantação e resultados positivos no Parque Universitário, a Polícia Militar de Adamantina deve levar o programa “Vizinhança Solidária” para dois outros bairros da cidade: Estância Dorigo e San Miguel I.
Um encontro com lideranças dessas duas comunidades foi realizado na noite da última segunda-feira (24), na sede da 2ª Companhia do 25º Batalhão da Polícia Militar, em Adamantina.
Representantes do Parque Universitário, que há um anjo convivem com essa nova dinâmica colaborativa e de responsabilidades compartilhadas, também participaram e expuseram o sucesso da mobilização, em favor da segurança pública da comunidade.
Segundo as autoridades policiais e os próprios moradores, era frequente a ocorrência de furtos ao patrimônio no Universitário, o que foi zerado, ao longo de doze meses, com essa iniciativa. É essa experiência positiva que agora deve chegar a outros dois bairros.
A iniciativa se baseia, sobretudo, na organização e articulação da própria comunidade, que orientada pela Polícia Militar, vai atuar dentro de um conjunto de ações primárias, com foco na prevenção, na mobilização e no compartilhamento de responsabilidades, com vistas a prevenir ações criminosas. E na eventualidade de ocorrerem delitos, a mobilização também busca estimular o acionamento da Polícia Militar pelo 190, dentro de uma dinâmica que auxilie a própria corporação para que atue no menor tempo possível e com resultados positivos, para o restabelecimento de um cenário de convivência pacífica e segura.
Segundo o capitão Júlio Romagnoli, comandante da 2ª Companhia do 25º Batalhão da Polícia Militar de Adamantina, a dinâmica do programa consiste basicamente que a comunidade se conheça e se comunique, o que se faz no cotidiano, pessoalmente e com o suporte de aplicativos de trocas de mensagens, onde estão inseridas ações como articulação em grupo, aproximação da comunidade, troca de informações e observação compartilhada, cujos condutores levem a uma mudança positiva de comportamento e a maior conscientização entre vizinhos.
O resultado, porém, depende muito da articulação da própria comunidade. “Quem melhor conhece a rua é a pessoa que mora nela. Ela é que sabe se o carro ou a pessoa apresenta um comportamento que chama a atenção”, disse o comandante da 2ª Cia PM de Adamantina, Capitão Júlio Marcelo Romagnoli, em reportagem sobre o tema, no Impacto Notícias. “Adamantina já é a cidade mais segura do estado de São Paulo e, com esta iniciativa, visamos manter os baixos números de criminalidade ou até reduzi-los. Por isso contamos com a participação da comunidade, que começa a ter o sentimento que o bairro te pertence, a cidade te pertence”, destaco o tenente Éder Bressan, também ao Impacto Notícias.
Pactuação comunitária
Além de fortalecer a relação e o envolvimento da comunidade, a iniciativa também estimula a presença do tutor – uma liderança comunitária – que vai receber as demandas no campo da segurança e apresenta-las à Polícia Militar, para a adoção das medidas que forem necessárias. O mesmo formato de articulação também pode ser aplicado para sanar outras demandas da comunidade nas demais áreas de interesse dos moradores, como infraestrutura e serviços de manutenção da iluminação pública, por exemplo.
A iniciativa não tira da PM a sua responsabilidade institucional, que continua atuando no campo do policiamento ostensivo e comunitário. Ao contrário, a medida aproxima os moradores, bem como a comunidade junto à PM, por meio dos canais de intercâmbio que se abrem e se fortalecem, onde a corporação atua com informação e orientações, sensibiliza a comunidade e se coloca à disposição para atuar nos diversos chamados e cenários, porém a partir de uma nova dinâmica.
Em Sorocaba, onde o “Vizinhança Solidária” já é uma experiência consolidada, houve um saldo muito positivo com a redução do número de ocorrências de crimes e um aumento no número de flagrantes e prisão de infratores. Os resultados positivos também foram mensurados ao longo do último ano, junto ao Parque Universitário, em Adamantina.