Na região de Adamantina, há um aumento significativo dos domicílios com responsabilidade do sexo feminino, inclusive daqueles que contavam com a presença de cônjuge. O comparativo local é feito na década entre os dois últimos Censos do IBGE, de 2000 e 2010, segundo o chefe da agência do IBGE de Adamantina, João Carlos Rodrigues.
Em Adamantina, no Censo de 2000 tinha 2.005 domicílios chefiados por mulheres, o que subiu para 3.776 em 2010.
Em Flórida Paulista no levantamento de 2000, eram 538 chefes, em 2010 apresentou 1.242 responsáveis pelos domicílios.
Na pesquisa de 2000 em Lucélia foram registrados 1.065 domicílios, já no ano de 2010, 2.006 mulheres chefiavam os domicílios.
No município de Osvaldo Cruz, 1.743 mulheres eram responsáveis pelos domicílios em 2000, dez anos após, os dados apresentavam 3.117 domicílios.
Em 2000, Pacaembu possuía 595 domicílios sobre a responsabilidade de mulheres, passando para 1.173 unidades em 2010.
Em nota distribuída à imprensa, ele explica que os motivos para este aumento podem ser creditados a uma mudança de valores culturais relativas ao papel da mulher na sociedade brasileira. O ingresso maciço no mercado de trabalho, o aumento da escolaridade em nível superior combinados com a redução da fecundidade, são fatores que podem explicar este reconhecimento da mulher como responsável pelo domicílio, ocorrido durante uma década.
A principal motivação é a necessidade de complemento de renda familiar, então inicialmente a mulher vai ao mercado de trabalho, ocupa posições, e depois vai se tornando mais importante o rendimento dela dentro da família. E acaba se tornando chefe ou responsável, termo que o IBGE adota, responsável pelo domicílio.