Ensino

Sem reajuste no salário do prefeito, FAI tem dificuldade para contratar professores

Atual teto do salário do prefeito limita contratação de professores pela FAI.

Por: Da Redação atualizado: 29 de abril de 2016 | 10h12
Márcio Cardim, diretor da FAI, se dispõe a sensibilizar a comunidade e autoridades sobre a decisão técnica de reajustas os salário do prefeito e assim abrir possibilidade de contratações para a instituição (Foto: Acácio Rocha). Márcio Cardim, diretor da FAI, se dispõe a sensibilizar a comunidade e autoridades sobre a decisão técnica de reajustas os salário do prefeito e assim abrir possibilidade de contratações para a instituição (Foto: Acácio Rocha).

Um tema polêmico vai exigir uma decisão das autoridades municipais, nos próximos dias, e envolve o padrão de vencimentos (salário) do prefeito, que por sua vez, é determinante para a fixação dos demais vencimentos e salários, tanto da Prefeitura, Câmara Municipal e FAI (Faculdades Adamantinenses Integradas).
A preocupação maior volta-se à FAI, que já tem encontrado dificuldades para a contratação de professores, para as mais diversas áreas, em razão da limitação legal, de que nenhum salário de repartição pública municipal não pode ser superior ao do prefeito. O mesmo acontece nas esferas estadual e federal, onde o teto salarial é a remuneração do governador do Estado e do presidente da República, respectivamente.
Em âmbito local, na prática, nenhum salário pode ser maior que o recebido pelo prefeito, hoje fixado em cerca de R$ 11.600,00 (bruto, sem os descontos). Considerando este cenário, já existe hoje, na FAI, professores com perdas que chegam a R$ 3 mil mensais, ou seja, têm titulação e todos os ganhos legais, incorporações e benefícios assegurados, porém ficam limitados ao recebimento até o teto, que é o salário do prefeito.
Esse quadro já traz dificuldade para a contratação de professores e desestimula quem já faz parte do quadro docente da FAI. Considerando a migração do status de faculdades integradas para centro universitário, a instituição se vê presa a um entrave legal, que se não for revisto, pode atrapalhar a contratação de professores, sobretudo aqueles com jornada de 40 h (dedicação exclusiva), para o curso de medicina e demais cursos.

Preocupação

Em recente entrevista à webtv do jornal Folha Regional (assista aqui), o diretor da FAI, Prof. Dr. Márcio Cardim, revelou preocupação.  “A FAI não pode correr o risco de não ter esses profissionais”, disse. “Existe uma necessidade urgente de reajustar o salário do prefeito, para que a FAI não seja prejudicada”, completou.
Márcio defende uma posição coerente das autoridades locais, sobre esse tema,  e se põe à disposição, para, também, sensibilizar e justificar essa necessidade à comunidade local. “Precisamos atualizar o salário do prefeito para a FAI continuar a crescer, senão estaremos cerceando essa possibilidade de crescimento da instituição, que é patrimônio de todos os adamantinenses”, completou.

Propostas

A Câmara Municipal já anunciou uma proposta que pode elevar o salário do prefeito, dos atuais R$ 11.600,00 para R$ 14.300,00. Porém, esse ganho ainda é insuficiente, dentro do cenário da FAI.  Para Márcio Cardim, o ideal seria um salário do prefeito fixado entre R$ 16 a R$ 18 mil, para que a FAI possa assim trazer os profissionais que necessita, dentro das necessidades estratégicas de crescimento e consolidação, rumo ao centro universitário.
Márcio disse ao SIGA MAIS que a FAI possui capacidade financeira para suportar esses salários pretendidos, mas fica limitada ao aspecto legal, e nesse campo, espera que as autoridades e a comunidade se sensibilizem, dentro de uma abordagem racional, coerente e compatível com as expectativas e projeções de crescimento da autarquia adamantinense.

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