Ensino

Escola Durvalino Grion deverá ser fechada com reorganização escolar em Adamantina

Decisão afetará diretamente os alunos da Escola Durvalino Grion, que deverão ser deslocados.

Por: Da Redação atualizado: 16 de outubro de 2015 | 11h48
Escola Durvalino Grion deverá ser fechada com reorganização escolar em Adamantina (Foto Acácio Rocha). Escola Durvalino Grion deverá ser fechada com reorganização escolar em Adamantina (Foto Acácio Rocha).

A Escola Estadual Durvalino Grion, em Adamantina, deverá fechada, dentro das ações de reorganização escolar em andamento envolvendo as 5 mil escolas estaduais paulistas, anunciadas em setembro pela Secretaria Estadual de Educação (leia aqui).
Apesar de ainda não oficialmente confirmada, fontes da área da educação dão como certa e definitiva a decisão, em razão dos estudos que foram feitos em cada unidade escolar pela Diretoria Regional de Ensino.
Com essa medida, permaneceriam como escolas estaduais, em Adamantina, a EE Helen Keller e a EE Fleurides Cavalini Menechino, que deverão receber os alunos da EE Durvalino Grion, sobretudo moradores de bairros como Vila Industrial, Vila Freitas, Vila Joaquina, Jardim Adamantina, Jardim Primavera, Jardim das Acácias e Jardim Mário Covas.
A reportagem do SIGA MAIS fez contato na manhã de hoje com a Diretoria Regional de Ensino de Adamantina, e aguarda a manifestação da mesma, sobre a decisão.
Em setembro, a Secretaria Estadual de Educação divulgou que realocação dos alunos deve respeitar o limite definido pela Secretaria de 1,5 km de distância para a transferência de estudantes.

Escola foi inaugurada em 1969

Segundo o livro “Jubilei de Outo de Adamantina”, de Cândido Jorge de Lima, a origem da EE Durvalino Grion se deu em 1963, quando o então prefeito Antônio Cescon, por meio da Lei Municipal Nº 711, de 22 de novembro daquele ano, teve a autorização para que o município adquirisse a área onde hoje está instalada a Escola, então propriedade de Masatoshi Tatekawa.
Na mesma data, a Lei Municipal Nº 712 autorizou a doação do terreno ao Governo do Estado de São Paulo, para a construção do 4º Grupo Escolar de Adamantina. O prédio foi inaugurado em 2 de abril de 1969, pelo então prefeito Tino Romanini.

Encontro nas escolas vai informar mudanças para pais e responsáveis

A Secretaria Estadual da Educação disponibilizou em seu site um espaço exclusivo sobre a reorganização escolar (acesse aqui). Segundo informado, partir do ano de 2016 a intenção é aumentar o número de escolas divididas por ciclos: anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental e ensino médio. Com o ciclo único, alunos do ensino médio, por exemplo, poderão estudar apenas com estudantes deste segmento. Entre os benefícios da medida estão a redução nos conflitos entre alunos de idades diferentes, além da melhor gestão da unidade, oferecendo a possibilidade de trabalhar estratégias pedagógicas voltadas a um único público.
De acordo com a Secretaria, os alunos que forem migrar para outras escolas não precisarão fazer matrícula no novo estabelecimento de ensino. Todos serão matriculados automaticamente nas novas escolas e os 3,8 milhões de alunos matriculados na rede estadual continuam tendo suas vagas garantidas.
O passo seguinte, após a definição das mudanças, será avisar os alunos, seus pais e responsáveis. Cada escola terá a obrigação de informar a mudança para 2016. Além disso, haverá o chamado "Dia E" da Educação, no qual, por meio de uma reunião de pais e mestres, os responsáveis irão às escolas para conhecer as unidades que podem receber seus filhos, sempre respeitando o limite de distância de 1,5 km.  O “Dia E” está marcado para 14 e novembro.

APEOESP critica

A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), Maria Izabel Azevedo Noronha, faz críticas ao modelo de reorganização escolar em andamento.
Em nota (acesse aqui) publicada no site da entidade, diz que a medida poderá provocar um amplo processo de fechamento de classes, desempregando professores. “No nosso entendimento, o correto é que se reduza o número de alunos por classe, em benefício da qualidade do ensino”.
Em 2015, segundo informa, foram fechadas 3.390 classes, e denuncia que nas escolas estaduais o ano letivo foi iniciado com 45, 50 e até mesmo 60 estudantes em classes do ensino regular e até 100 estudantes em classes da Educação de Jovens e Adultos.
A dirigente da APEOESP defende que a Secretaria da Educação estabeleça na rede estadual de ensino um número máximo de estudantes por classe compatível com os padrões internacionais, ou seja, no máximo 20 por classe nos cinco primeiros anos do ensino fundamental e 20 estudantes por classe nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, como consta na proposta de Plano Estadual de Educação formulada pelo Fórum Estadual de Educação, que tramita como Substitutivo Nº 2 na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. “Não há nesta reorganização nenhuma preocupação pedagógica. Ela é uma mudança física, descolada de um verdadeiro projeto educacional”, diz.
De acordo com Maria Izabel Azevedo Noronha, a medida “vai desorganizar a rede, quando a Secretaria, se estivesse de fato preocupada com a qualidade do ensino, valorizaria os profissionais do magistério, resolveria os problemas estruturais das escolas, estabeleceria a gestão democrática na formulação e implementação do projeto político-pedagógico, asseguraria condições de trabalho aos professores e de aprendizagem aos estudantes”, relata.

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