Oficialmente instalado em 5 de outubro do ano passado, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UniFAI (Centro Universitário de Adamantina) chega ao seu sétimo mês de atividades e tem como desafio estratégico promover a maior integração dos universitários da instituição.
Esse é o foco da atuação do presidente do DCE, o estudante de medicina Leonardo Neiva, que aposta na maior integração e com isso somar forças para embasar, de maneira geral, as reivindicações dos estudantes. Ele conversou com o SIGA MAIS no último sábado (29), acompanhado por uma das assessoras do DCE, a estudante de engenharia civil Anaile da Silva Marques.
Uma recente ação nesse sentido, considerada exitosa por Leonardo Leiva foi a Festa do Bixo, realizada em abril passado. O evento conseguiu unir os cursos, integrar os estudantes, arrecadar fundos e promover o DCE. Ele citou também os recentes Jogos Universitários, promovidos pela UniFAI, que também reforçaram os aspectos da integração. “Os jogos tiveram um gosto diferente neste ano”, destaca.

Pluralidade e representatividade

Leonardo Neiva destacou que o DCE é uma organização que legalmente representa os estudantes da instituição, e sua estruturação está em sintonia com os parâmetros das demais organizações estudantis presentes no Brasil.
Para a composição da atual diretoria, eleita no ano passado para este primeiro mandato, houve a preocupação de que sua formação fosse plural e a mais representativa possível, para que todos os estudantes, de todos os cursos, se sintam representados.
Ele explicou sobre os aspectos organizacionais, e que a criação do DCE visa estimular, também, a instalação das demais instâncias de representação estudantil, como o centro acadêmico (cuja atuação é voltada para um curso específico) e o diretório acadêmico (que visa unir áreas afins). Essas duas esferas de representação ainda não existem, mas destaca que a atuação do DCE não sofre prejuízos. “Somos o órgão máximo de representação estudantil na instituição, defendendo os interesses dos alunos junto à direção da UniFAI”, reforça.
Leonardo também cita, como desafios, o estímulo à organização das atléticas, uma experiência trazida à UnIFAI pelos estudantes de medicina, a partir da vivência e relatos de estudantes vindos de diversas regiões brasileiras. Hoje, esse formato de organização já se reproduz em outros cursos da instituição, como desafio de promover atividades esportivas, de lazer e integração de cada curso. “As atléticas formam líderes dentro da instituição, estimulando as práticas de liderança e empreendedorismo”, completa Leonardo.

Medicina veio somar

Leonardo é estudante de medicina. É nascido em Teresina (PI) e morava em Brasília (DF), quando prestou o vestibular para estudar na UniFAI. “O curso de medicina trouxe alunos e experiências de várias regiões do Brasil a Adamantina”, diz, orgulhoso. Sobre o curso, disse que sua instalação não veio tirar espaço de outros cursos da UniFAI, mas permitiu somar-se à estrutura existente, com ganhos para a instituição, à cidade e à região.
Como exemplo de ganhos dentro e fora do campus, Leonardo cita que um estudante de medicina injeta mais de R$ 10 mil, a cada mês, na cidade, dos quais R$ 7 mil são voltados ao pagamento da mensalidade e os outros R$ 3 mil são direcionados ao pagamento de aluguel, alimentação, transporte, insumos para os estudos e lazer, que circulam junto a prestadores de serviços e o comércio local, contribuindo para a economia da cidade e região.

Leonardo Neiva conversa com estudantes logo após aprovação, pela Câmara Municipal, da medida que garante no pagamento das semestralidades. 

Atuação do DCE já tem conquistas

A atuação do DCE junto à UniFAI já apresenta suas primeiras conquistas, que são destacadas pelo presidente Leonardo Neiva.
Ele cita a conquista de descontos para os estudantes no pagamento antecipados da semestralidade dos cursos, que foi uma pauta do DCE levada à direção da UniFAI e transformada em lei, proposta pelo prefeito e aprovada pela Câmara Municipal. O dirigente garante que outros temas também estão sendo propostos e serão estimulados pelo DCE.
Leonardo destaca que a consequência desse desconto, no pagamento das semestralidades, é muito positiva aos estudantes, por reduzir a inadimplência e permitir economia aos alunos.
Leonardo defende a inserção dos próprios estudantes da UniFAI na solução de demandas da instituição, e aposta na instalação da Empresa Júnior, que poderá abrir novas oportunidades e regulamentar essa ação pactuada. Ele citou como exemplo positivo a utilização dos estudantes do curso de engenharia na elaboração do projeto do novo bloco de saúde, que envolveu os próprios alunos e professores. Agora, o projeto caminha para a licitação e em seguida, início das obras. “Esse formato de atuação permite reduzir custos para a instituição, dar oportunidades de vivências práticas aos estudantes, além de identificar e reconhecer o potencial dos cursos”, cita. “Com a economia conseguida, é possível realocar os recursos financeiros para outras áreas”, completa.
O presidente do DCE cita ainda, com conquista, a instalação de climatizadores na academia e agora pleiteia a ampliação do local, entre outras melhorias para os universitários.

Espaço aberto

O presidente Leonardo Neiva destaca que mapeou oportunidades de diálogo e espaço aberto junto à direção da instituição de ensino, para apresentação das demandas estudantis. Ele reconhece a dinâmica legal e a burocracia, pelo fato da UniFAI ser uma estrutura pública, mas acredita que o diálogo e parceria podem criar facilitadores. “O DCE quer estreitar caminhos e estabelecer uma ponte entre a direção e os alunos, para as nossas solicitações”, disse. “A direção tem sido receptiva”, reforça. “Não basta só reclamar. É preciso reclamar e propor soluções”, ensina.
Ele defende que essa dinâmica pode sugerir caminhos, com criatividade, de forma correta e na observância dos limites das leis.

Outras propostas

Leonardo Leiva pretende ampliar os serviços prestados pelo DCE junto aos estudantes, nas suas demandas, e na representação dos mesmos junto à direção da UniFAI.  Um dos focos é prestar orientação, inclusive jurídica, às comissões de formaturas, visando a formatação de contratos, contratação de produtos e serviços e promover a segurança na arrecadação de recursos.
Outra proposta é a realização de palestras com nomes reconhecidos nacionalmente. “Isso agrega valores e permite que o expositor renomado se torne uma referência positiva aos estudantes”, explica.
Quanto à atuação da instituição, ele sugere algumas ações como, por exemplo, a realização de mutirões de castração em animais pelo curso de medicina veterinária, ampliando a atuação da UniFAI na comunidade. Outros cursos, de todas as áreas, também reúnem uma vasta possibilidade de inserção comunitária, com ganhos dentro e fora da instituição. Um terceiro ponto sinalizado se dá em torno do desafio de promover medidas que inibam a evasão de estudantes, seja pelas questões ligadas aos valores e política de cobrança das mensalidades, ou pelos aspectos de estrutura e qualidade dos cursos.