Em uma publicação aberta feita nesta quarta-feira (16) em suas redes sociais, a médica Maria Gabriela Tiveron Frizão, de Adamantina, fez um relato surpreendente sobre a Covid-19. Segundo escreveu na postagem, ela, o filho recém-nascido, pais, tia, avó e irmãs contraíram a doença. Os pais dela chegaram a ficar internados. “Não sabemos como o vírus “entrou” na minha família e saber que passou pra quem não muda nada. Não fizemos festa ou confraternização. Tivemos sorte por estarmos todos aqui... sorte pelos sintomas terem sido leves”, escreveu.

Ao final da postagem, ela ressalta o alerta. “Não estou fazendo drama, não estou dizendo se sou contra ou a favor do isolamento, não estou fazendo apologia política. Só quero deixar um alerta: cuidem-se e cuidem de quem vocês amam!”, completou.

Veja a íntegra da postagem:

“Vou contar pra vocês o que aconteceu comigo e com a minha família! Que sirva de alerta!

Como vocês sabem, trabalho em um pronto socorro há 9 anos. Quando começaram a aparecer os casos de covid no Brasil, fiquei afastada por 30 dias, pelo fato de estar gestante. Tive uma gestação saudável, não tomei nenhum remédio. No final de abril, voltei a atender no pronto socorro com todos cuidados possíveis. Não tinha contato com casos suspeitos de covid ou qualquer pessoa com sintoma respiratório. E assim foi até a 37ª semana de gestação, quando parei meus atendimentos. Meu filho nasceu no dia 26/09/2020. Tudo bem, nasceu esbanjando saúde e eu não tive intercorrências. Não saía de casa com ele e não recebia visitas que não fosse meus familiares mais próximos.

Até que começaram a aparecerem os casos positivos da minha família... Mãe, pai, tia, avó, irmãs...realizei meu exame e do meu filho: o meu negativo (até então) e o dele: positivo.

Foram dias difíceis... meu pai e minha mãe foram internados, fiquei isolada com meu marido e meu filho.

Costumo dizer que foi um puerpério muito conturbado. O pior dessa doença é não saber o dia de amanhã...a incerteza e a ansiedade são devastadoras tanto para quem tem a doença, quanto para os familiares.

Mesmo com meu filho positivo, não parei de amamenta-lo. Por isso, após 1 mês de todo turbilhão, fiz outro exame e dessa vez, o resultado foi que já tive a doença e estava curada. Fui assintomática.

Enfim.. todo esse meu relato serve como um alerta. Não sabemos como o vírus “entrou” na minha família e saber que passou pra quem não muda nada. Não fizemos festa ou confraternização. Tivemos sorte por estarmos todos aqui... sorte pelos sintomas terem sido leves.

Hoje, no Brasil são 182.799 mortes por covid e 6.970.034 casos. Acredito que haja sim a subnotificação, o número de casos é muito maior.

A vacina está chegando... mas não será a salvação! Os cuidados devem continuar. O nosso “novo normal” deve perdurar.

São muitas famílias devastadas... muitas vidas perdidas.

Vejo isso nos plantões, além de que a cada dia, mais pessoas próximas testam positivo ou tem alguém próximo com a doença. Vi amigos perdendo entes queridos, vi muita tristeza. Não estou fazendo drama, não estou dizendo se sou contra ou a favor do isolamento, não estou fazendo apologia política. Só quero deixar um alerta:

CUIDEM-SE E CUIDEM DE QUEM VOCÊS AMAM!”

(Continua após a publicidade...)

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Casos em Adamantina e Brasil

De acordo com o mais recente boletim divulgado pela Prefeitura de Adamantina nesta quarta-feira (16), com dados contabilizados no dia anterior (15), a cidade tem 16 casos ativos de Covid-19, com um total de 598 confirmações desde o início da pandemia. Ainda de acordo com os dados locais, são 568 pacientes curados, 14 óbitos pela doença e 19 exames aguardando resultados, enviados ao Instituto Adolfo Lutz. Os dados municipais mostram ainda um total de 2.932 notificações, com 2.315 casos descartados e 2.803 monitoramentos encerrados (veja mais).

No Brasil, conforme boletim divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde (MS), foram registradas 70.574 novas infecções por covid-19 e 936 novas mortes pela doença no país desde a atualização do dia anterior. Com isso, o país ultrapassa os 7 milhões de infectados, com o total de, 7.040.608 de pessoas infectadas no país desde o início da pandemia (veja os dados).

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