Cidades

"Sementes Crioulas" recebe prêmio da Cáritas e projeto fortalece desenvolvimento local

Projeto Sementes Crioulas é desenvolvido em Paulicéia e iniciou-se com agricultores de assentamentos

Por: Prof. Izabel Castanha Gil (1) atualizado: 29 de junho de 2017 | 08h48
Padre José Afonso Maniscalco, o guardião José Luiz das Chagas e o bispo da Diocese de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini (Foto: Acervo Pessoal). Padre José Afonso Maniscalco, o guardião José Luiz das Chagas e o bispo da Diocese de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini (Foto: Acervo Pessoal).

Sábado, dia 24 de junho, padre José Afonso Maniscalco, da Paróquia de São Pedro, e José Luiz das Chagas, guardião das sementes crioulas, ambos de Pauliceia, estiveram em Marília para receber a colaboração do Fundo Diocesano de Solidariedade e da Cáritas Diocesana de Marília. O valor é de R$15.000,00.
O reconhecimento do Projeto Sementes Crioulas decorre de seus objetivos sintonizados com o tema da Campanha da Fraternidade, que, em 2017, foi Biomas brasileiros. Seguindo tradições milenares de cultivo e partilha de sementes sem manipulação genética e usando técnicas preservacionistas, esse sistema de produção de alimentos contribui para a segurança alimentar.
Voltada principalmente para o consumo local, as sementes crioulas dos guardiões contemplados podem ser adquiridas nas feiras livres de Pauliceia, Panorama e Tupi Paulista.
A colaboração do Fundo Diocesano será empregada na construção da identidade visual do grupo, em cursos de aperfeiçoamento e outras necessidades imediatas, que promoverão a consolidação do projeto.
No dia 01 de julho, durante as festividades de aniversário da cidade de Pauliceia, serão inauguradas quatro barracas de feira e a logomarca do grupo. Visitantes receberão panfletos informando as características do sistema agrícola que produz e comercializa essas sementes. Nesta mesma data ocorrerá a inauguração do banco comunitário das sementes crioulas. A ideia é transformar Pauliceia em polo regional dessa prática, contribuindo para que outras pessoas possam tornar-se guardiões dessa tradição, produzindo alimentos saudáveis e com maior equilíbrio ambiental. Além de vegetais, outros produtos compõem essa prática: leite, ovos, carnes, mel, etc.
O Projeto Sementes Crioulas nasceu em 2016, quando um grupo de pessoas uniu-se para dar visibilidade ao trabalho de vários anos feito por agricultores dos assentamentos Regência e Santo Antônio. O grupo é composto por membros da comunidade de Pauliceia, estudantes, professores, técnicos, religiosos e agricultores. Articulados pela professora Izabel Castanha Gil, que é coordenadora regional do Projeto Inova Paula Souza e professora da UniFAI, instituições públicas de assistência técnica e de ensino e pesquisa têm exercido papel importante. Outras parcerias importantes estão em fase de articulação. Em Pauliceia, tem sido imprescindível o apoio da Prefeitura Municipal e da Paróquia de São Pedro. A comunidade local mostra-se muito receptiva, fazendo aumentar significativamente a procura pelos produtos naturais e outras formas de apoio.
O desenvolvimento com base local caracteriza-se pela articulação entre agentes públicos e privados, valorizando e potencializando os recursos existentes. Iniciativas agregadoras sempre trazem bons resultados.

(1) Prof. Izabel Castanha Gil | Coordenadora Regional do Projeto Inova Paula Souza. Professora da UniFAI e do Centro Paula Souza.

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