Prefeitura diz que reduzir salários de prefeito e secretários é populismo e demagogia
Em reportagem publicada pelo Grupo Impacto, prefeitura descarta essas medidas.

O Jornal Impacto publicou nesta sexta-feira (17) reportagem onde questionou a Prefeitura de Adamantina sobre iniciativas que já acontecem em diversas cidades, pela redução de salários de prefeitos e secretários municipais (leia aqui) e direcionamento desses recursos para saúde e demandas sociais, face ao período da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Em resposta aos questionamentos, a Prefeitura respondeu que as despesas com esses salários não são consideradas volumosas e por isso não serão reduzidos em Adamantina. Ainda ao Impacto, a Prefeitura descartou a possibilidade neste momento por considerar o ato “populista e demagógico”.
Segundo levantamento trazido pela reportagem, somando os salários dos 13 secretários municipais (R$ 6.200, cada), do prefeito Márcio Cardim (R$ 18 mil) e da vice Ana Maria Romanini Micheloni (R$ 3.300,00), a Administração Municipal gasta, ao mês, R$ 101.900,00 com a folha de pagamento, não considerando os em cargos sociais.
Em resposta, a Prefeitura se posicionou. “No município de Adamantina, o subsídio do prefeito e dos secretários municipais não são vultosos e geram pouco impacto no orçamento público, de sorte que não se vislumbra neste momento a necessidade de medidas de redução salarial, seja dos agentes políticos, seja dos servidores públicos. Estas são medidas que, ao fim e ao cabo, têm um cunho muito mais populista e demagógico, o que não condiz com o perfil desta Administração”, consta na nota enviada ao Impacto. (Continua após a publicidade...)
Ainda na nota, a administração do prefeito Cardim disse estar atenta ao cenário econômico e não descarta a medida, caso haja desequilíbrio orçamentário. “Não obstante, a Prefeitura de Adamantina está acompanhando atentamente o desempenho orçamentário e as medidas compensatórias desencadeadas pelos governos Federal e Estadual para mitigar a crise e, se for necessária uma revisão nos vencimentos a fim de minimizar eventuais desequilíbrios orçamentários, certamente serão tomadas as medidas cabíveis”, continua.
A administração afirmou ao Impacto que atualmente as finanças municipais estão equilibradas e não há necessidade de adoção de medidas de maior austeridade por considerar as implantadas durante a gestão suficientes para manter as contas públicas em dia. “As ações de austeridade fiscal são implementadas quando há expectativa de déficit público projetado. Considerando especificamente todas as ações de austeridade e controle dos gastos públicos já implementadas nesta Administração para equacionar o orçamento, é fato que hoje as finanças municipais encontram-se absolutamente equilibradas, sendo que este resultado positivo impactou diretamente a previsão orçamentária do exercício de 2020. Portanto, neste momento não se vislumbra necessidade de novas medidas de austeridade, senão aquelas que sempre estiveram em curso, quais sejam, controle eficaz e transparente da aplicação dos recursos públicos de modo a erradicar desperdícios e garantir eficiência nos resultados”, finaliza a nota.